O orgulho...

Os últimos dias foram passados aqui por casa - embora com poucas palavras sobre o assunto para não o tornar ainda mais pesado - com a angústia do exame que o Manuel tinha hoje para fazer. O problema não era o exame em si - um TAC à cabeça apenas para controlo e avaliação - mas o facto de ser provavelmente necessária anestesia geral para que ele ficasse quietinho durante aqueles 3 minutos. 

Ora tendo nós bem presente na memória as últimas vezes que foi necessário enfermeiros e anestesistas encontrarem uma veia naquele corpinho rechonchudo saímos de casa com a certeza de que se dependesse de nós tudo faríamos para que não houvesse anestesia mas na verdade nada dependia de nós e tudo dependia do Manuel adormecer.

De qualquer forma lá o levámos em jejum e acordámo-lo hoje um pouco mais cedo para ver se por volta dessa hora fazia um soninho. Quando lá chegámos encontrámos uma equipa com a mesma vontade que nós: tentar não o fazer passar por uma anestesia e então lá concordámos em dar-lhe um biberão e tentar que adormecesse (certos que depois de tomar o biberão, se não adormecesse, não haveria exame porque já não seria possível dar a anestesia...).

Mas o nosso valente uma vez mais correspondeu: comeu e depois de uma rabugice de 5 ou 10 minutos adormeceu durante uns cirúrgicos 15 minutos. O suficiente para o deitarmos na máquina, fazer o TAC e o retirar da sala. Não sei como é que um bebé com 9 meses consegue ser assim: tão forte. Mas é. E enche as nossas vidas de orgulho.