Tenho tantas histórias e fotografias para partilhar que sempre que abro o iphoto lembro-me de qualquer coisa mais importante (e mais fácil, e mais rápida) para fazer nesse momento.
Ao rever algumas das fotografias lembrei-me de partilhar aqui alguns dos desafios de viajar com uma criança pequena. A primeira viagem de longo curso do Manuel foi aos 3 meses, em pleno Inverno, e lembro-me da nossa angústia na altura, para viajar com um bebé tão pequeno e a preocupação de como iria reagir a tantas mudanças. Depois disso - falando em viagens mais longas - voltou a viajar aos 6 e 10 meses, aos 18 e agora aos 24. E posso assegurar-vos: lembro com saudade a primeira viagem. Foi a mais calma! Dormia a maioria do tempo e só bebia leite. Ok, tínhamos que esterilizar tudo. Mas depois passei a fazer sopas em todas as paragens (e depois, introduzir carne e peixe) e a ter viagens com um menino que para além de não parar 5 minutos numa viagem, combatia o sono até a última das suas forças e abria a goela mal lhe mostrávamos o cinto do avião (????). Para não falar nas viagens de carro. É certo que aos 3 meses ou dormia ou chorava. Mas aos 6 e 10 fazia exactamente isso com a particularidade que já se conseguia recusar a sentar na cadeira.
Posto isto. Agora aos quase 2 anos, os desafios são claramente outros. A viagem de avião já se faz bem melhor porque ele já gosta de ver um filme (o resto do tempo rezamos para que adormeça o que normalmente não acontece e implica que fazemos turnos a percorrer o avião...) e as de carro - depois de descobrirmos um apoio para o ipad - também correram sobre rodas (ora não foi de propósito mas foi um jogo de palavras).
Mas claro que houve muitas refeições em que nem senti o sabor dos alimentos que entraram inteiros numa inspiração súbita. Nas que comemos melhor, fizemos turnos ou aproveitámos uma sesta. Claro que não vale a pena ter a ilusão de que vamos conseguir ver a nossa loja favorita de forma a escolher o que mais gostamos (benditos turnos...) e os dias vão, invariavelmente, incluir várias idas ao parque infantil e paragens não previstas no roteiro inicial.
Mesmo assim não trocaríamos estas nossas férias a 3 por nenhum outro tipo de férias. São caóticas, raramente fazemos o planeado e o Manuel nunca quer tirar uma fotografia connosco, mas são perfeitas porque estamos os 3.