Nova Iorque é uma cidade de muitos contrastes e de muitos mundos e essa é provavelmente uma das características que mais me atrai. Há lugar para as mães pré-formatadas do upper east side, para os businessmen todos engravatados, para os cool&trendy, para os turistas, para os fora de formato....e a sensação de que podemos vestir-nos exactamente como nos apetece sem que ninguém julgue ou olhe de lado porque as cores não combinam, porque as marcas não são da moda ou porque são muitas tantuagens ou piercings, essa sensação é fantástica. Não concordo - da nossa experiência pelo menos - que ali ninguém liga a ninguém e como às vezes se diz, que podemos cair na rua que ninguém quer saber. Pelo contrário, as pessoas são atenciosas. Oferecem-se para ajudar a carregar o carrinho de bebé nas escadas do metro, prontificam-se a dar indicações, abordam na rua se gostam de algo que tens vestido. É uma informalidade reconfortante.
Há a tendência europeia de generalizar o americano num ser ignorante que não sabe onde é a Europa nem se tropeçar nela mas essa é uma ideia tão errada como a tendência de julgar pela aparência. Nas nossas estadias na Casa RMCDH conhecemos famílias de vários estados e provenientes de vários estratos sociais e posso assegurar-vos que a ninguém precisei de explicar o que era nem onde ficava Portugal. Pelo contrário, muitos tiveram que me explicar onde era e o que acontecia no seu Estado. Os últimos anos, estas viagens por necessidade e as amizades que fizemos com pessoas tão diferentes de nós ensinaram-me tanta coisa e a maior foi certamente a tolerância de não julgar quem é diferente de mim.
Same here! Toda a gente cortes senão simpática, diria eu. Extremamente curiosos, qq pessoa com quem se fale pergunta logo q fazemos por ali e porque...adoro NY.
ReplyDeleteÉ verdade Sara! Acho que o estigma que se criou não corresponde nada à verdade. E a liberdade de não se ser julgado pelas aparências?... :)
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