O sol, o calor e as boas pessoas...

Depois de muito ameaçar e não aparecer, o calor finalmente deu as caras no fim de semana passado. Fiquei quase comovida, acreditem. Porque este Inverno foi pesado e a certa altura já duvidava que o calor fosse mesmo chegar e a nossa bancada de medicamentos fosse diminuir. Mas conforme acontece todos os anos o calor chegou e graças a Deus a nossa bancada de caixas, frascos, bombas e afins, finalmente começa a diminuir.
No Sábado fomos almoçar à zona velha da cidade com uns queridos amigos nossos e com a sua filha, a Rosa, uma querida amiga do Manuel. Já andávamos a falar em almoçar numa pizzaria que lá há, que é a mais antiga da ilha, mas ainda não se tinha concretizado e desta vez tudo se alinhou para que conseguíssemos. E soube mesmo bem.  Não tanto pela pizza - que não é um grande delírio gastronómico - mas pelo sítio, por sermos turistas na nossa cidade, por termos a possibilidade de ficar a  observar enquanto a Rosa e o Manuel corriam na praça e nas ruas sem carros.
Uma das coisas que mais aprendi a valorizar é o bem que as boas pessoas nos podem fazer. As conversas despretensiosas, os silêncios sem peso, a partilha. Gosto muito de todos os meus amigos e sinto-me muito grata por poder contar com tão bons amigos nos momentos em que mais preciso. Acredito que recebemos de volta em dobro o que oferecemos. Por isso, vamos investir em quem nos faz bem.

Olha, olha mãe!

Neste fim de semana grande que passou, tirámos uma manhã para ir novamente à Quinta Pedagógica dos Prazeres, um projecto promovido pela Paróquia dos Prazeres e que acho que tem evoluído bastante desde as primeiras vezes que lá fui. Desde a última vez já notei que tinha mais animais e que o espaço estava mais organizado. Mas quem delirou verdadeiramente foi o Manuel. Corria quase histericamente de um lado para o outro, Mãe, mãe, um porco giiingante!!! Pai, pai, as cabrinhas!!
Por estes dias o Manuel já opina muito sobre o que veste o que é uma maneira simpática que dizer que escolhe a dedo o que quer e se recusa veemente a vestir o que não quer. Há coisas que tento pôr ao fim de semana e que ele diz logo que não, que são para a escola. E à noite, antes do banho, decide o que quer pôr para lavar ou não e normalmente, para ele, nada precisa de ir para lavar. E foi assim que neste dia resolveu que tinha que levar aquela camisola e aquelas calças e que se lembrou de revirar a arca dos brinquedos à procura da máquina fotográfica porque afinal de contas, íamos ver os animais e ele não podia perder a oportunidade de os fotografar.
Agora imagino quando, daqui a menos de um esfregar de olhos, tiver todos estes pedidos a dobrar....

top 10: DIY

Daqui a nada o blog faz 2 anos e uma das rubricas mais assíduas é a dos DIY. No outro dia, a navegar pelos arquivos, encontrei uma série de projectos que quase nem me lembrava de ter feito e lembrei-me de os recordar. Porque muitos dos nossos leitores foram entretanto chegando e se para muitos será uma novidade para outros pode ser que seja agora o momento certo para experimentar.
O trabalho com folhas de ouro (1) que sendo um dos mais recentes é também um dos meus favoritos. O resultado final ficou lindo e adorei ter reutilizado peças sem nenhum valor e torná-las assíduas na nossa sala.
Aprender a fazer decoupage (2) com a Luísa Spínola. Nós fizemos várias experiências e a verdade é que esta é uma forma ideal de recuperar peças que à partida parecem não ter mais valor ou incapazes de ficar à vista.
Pequenos pormenores que fazem a diferença e que tornam uns sapatos comuns (3) perfeitos para uma data especial.
Uma técnica que eu nem fazia ideia que existia antes de a aprender. Fazer feltro (4). Fizemos o nome do Manuel para a porta do quarto e agora tenho que meter mãos à obra para fazer o do Joaquim (e tenho que passar a escolher nomes mais curtos....).
Recuperar móveis antigos (5). Fizemos o passo a passo da pintura e ainda recorremos novamente ao decoupage.
Experimentei fazer um daqueles sacos fáceis (6), mesmo fáceis, ideais para estes dias quentes de Primavera.
A ideia das 5 minutes leggings (7) que é mesmo mesmo fácil e resulta muito bem. Perfeita para fazermos para os nossos filhos para qualquer ocasião.
Tingir roupa (8), um dos projectos de que mais gostei. Ando cheia de vontade de voltar a fazê-lo, mas este projecto requer uma hora sem crianças a correr à nossa volta.
Pintar uma cadeira de vimes (9) e personalizar o quarto das crianças com peças com história. Aqui por casa gostamos mais desta opção do que da de ir comprar tudo pronto.
E um dos projectos preferidos dos nossos leitores, os carimbos (10). É seguramente um dos projectos que se pode considerar como um investimento porque as possibilidades de reutilização são tantas que atravessam os temas (vestuário, decoração, acessórios) e as estações.

E já agora, contem-me, o que falta? O que é que gostavam de aprender a fazer?

17.52

Estamos - há já algum tempo - na fase do Panda Kung Fu. É o filme dos momentos "manuel por favor aguenta aí 5 minutos" e acreditem quando vos digo que temos que recorrer a ele mais vezes do que eu gosto de admitir.
No outro dia, num passeio com amigos o Manuel resolveu fazer uma demonstração e eu, pela primeira vez, consegui apanhar a sua enorme perícia em imagem. A sério, a mão fechada, a posição das pernas e olhar felino e a expressão do António atrás. Agora imaginem isto tudo com uma banda sonora de , yaaaaaa!!, e têm o filme completo.

A calma dos dias felizes....

Neste fim de semana prolongado aproveitámos para sair da cidade por uns dias. Fomos na companhia de queridos amigos o que, convenhamos, torna tudo ainda mais colorido. Foi uma alegria sem medida possível ver o delírio do Manuel a correr atrás dos seus amigos e ter o Joaquim a passear alegremente de colo em colo.
Não me interpretem mal, estar fora de casa com duas crianças tão pequenas não é um paraíso (refeições tumultuosas, sestas baralhadas, horas de deitar trocadas, ...) mas a verdade é que no final a equação dá sem dúvida um saldo positivo.
Numa das manhãs fomos passear a um jardim e ver alguns animais. Esta ilha é de facto linda e às vezes sinto que passamos um pouco ao lado dessa beleza.

Let´s make it pretty...

Já andava com este projecto debaixo de olho há algum tempo e no outro dia numa passagem pela retrosaria resolvi comprar alguns cordões para guardar para um dia com tempo. Achava que isto me iria levar uma tarde e que iria precisar de muita calma. Mas resolvi aproveitar uma sesta do Joaquim e a verdade é que apesar de ele fazer sestas curtas, consegui fazer tudo num curto espaço de tempo.
Vamos lá?
Segui o fantástico passo a passo de como construir a pulseira em cordão que está no Honestly WTF  mas como não consegui cordão de nylon mas de algodão, o queimar as pontas para não desfiar não resulta. Resolvi então selar as pontas com um pouco de cera recorrendo a uma vela normalíssima. O tempo e material que poupo em relação ao projecto inicial está também no acabamento que faço. Em vez de colar brincos como sugerido, uso algumas pregadeiras que fui buscar à gaveta. O melhor desta solução é que podemos ir brincando com as soluções e ir mudando de cada vez que usamos.
Esta não foi a primeira vez que segui uma sugestão do Honestly WTF, já aqui vos tinha mostrado os clips para sapatos, lembram-se?
E a toalha que tenho na mesa é esta que fiz com a Luísa!

16/52

Numa destas tardes fui buscá-lo mais cedo à escola para irmos lanchar mas quando lá chegámos estava fechado. O que foi uma enorme desilusão para mim, foi uma festa para ele quando viu o pequeno lago no meio do jardim.

Uma doce primavera...

Nas tardes de fim de semana que estamos por casa o mais certo é termos um bolo para o lanche. Eu gosto de procurar uma receita nova para experimentar, o André adora comer um bolo acabadinho de sair do forno e até o Manuel já vem a correr para provar uma fatia.
E depois, o cheirinho de bolo no forno pela casa....
Como tinha mirtilos procurei uma receita em que os pudesse aproveitar e escolhi esta. E resultou mesmo bem. Fica um bolo bonito para além de delicioso. Perfeito para uma destas tardes de Páscoa que estão mesmo aí ao virar da esquina.

Day Dreaming... (4)

1/2/3/4/5/6/7/8/9/10/11/12

Nas noites de sofá em que não consigo pôr o meu cérebro a processar grande informação ou produtividade, gosto de ir fazendo algum window shopping. Esta wishlist é um reflexo do que é o meu "não estilo".  Dos vestidos às calças de ganga, dos sapatos de salto aos ténis, dos anéis mais vistosos aos mais minimalistas. Não me imagino a andar todos os dias da mesma forma especialmente se essa forma for sempre muito arranjada. Porque na maioria dos dias nem tenho tempo para pensar no que vou vestir. Há apenas um requisito transversal a todas as peças: que não exibam a marca. Ter a marca à vista é para mim 90% de decisão de não comprar. 

Páscoa...

Numa destas "estadias forçadas em casa" do Manuel durante a semana, dei por mim a puxar pela criatividade para o conseguir entreter um dia inteiro enfiado entre quatro paredes. Lembrei-me que a Páscoa estava quase a chegar e que seria giro pô-lo a pintar os ovos ( e para mim também, confesso...).
Encontrei este vídeo da Modern Mom que para além de explicar tudo muito bem, é muito divertido o que me deixou logo com mais vontade de começar. Depois aproveitei o material que tinha em casa: usei  como base as tintas ecoline que me tinham sobrado destas aguarelas e depois de deixar secar bem apliquei folhas de ouro com a técnica que mostrámos aqui em dois ovos e no outro apliquei uns brilhantes que me tinham sobrado da coroa do primeiro aniversário do Manuel.
O Manuel adorou ajudar a pintar os ovos e ao contrário de algumas previsões dadas cá por casa, não partiu nenhum.
Para o ninho segui os passos que encontrei aqui mas como não tinha um balão improvisei com uma bola do Manuel. Também não tinha tinta casatanha e resolvi usar duas cores de fio para criar um efeito mais luminoso. O resultado final é surpreendente e fica muito bonito. Mas o melhor de tudo é ter o M dizer orgulhosamente que foi ele quem pintou os ovos.

15.52

Esta semana o Manuel foi pela primeira vez fazer um corte de cabelo com uma cabeleireira. Correu tão bem que no final fomos comprar balões. Uma festa. Com um saco de balões.

O Lado B da maternidade...

Esta semana, aqui por casa, temos andado mais pelo lado B da maternidade. Sabem quando tudo pende para esse lado por mais que tentemos mudar a K7 para o lado A? Sem dramas, naturalmente, a maternidade e a vida já agora, não seria real sem o lado B. Mas há dias em que parece que tudo acontece e o melhor mesmo é rir das situações.
Num destes dias vomitaram-me em cima 2 vezes. Primeiro o Manuel, com um ataque de tosse, em cima das calças. Troquei de roupa. Depois o Joaquim, com um ataque de tosse, numa pontaria de fazer inveja a qualquer atirador olímpico, para dentro da minha camisola.
No dia seguinte, ao almoço, o Joaquim espirrou durante a sopa. De beterraba. Claro que quando acabou já nem me lembrava disso e não me lembrei durante a tarde (não, não me olhei ao espelho) e fui à escola buscar o Manuel. Com salpicos já secos de beterraba na camisola. No cabelo. Na cara.
Tenho a sensação que aproveito os tempos mortos para, com as unhas, descolar salpicos secos de comida da minha roupa (por favor digam-me que isto também vos acontece!) e sempre que o faço tento convencer-me que quando alguém me vê com a roupa suja ou o cabelo colado com comida, compreende perfeitamente toda a situação e até se sente solidário. Mas no fundo sei que não, que 95% das pessoas não conseguem ver tão além.
Há uns tempos atrás, num almoço na casa de uns amigos dos meus pais, estava a ajudar o Manuel a comer na sala (sozinhos) e caiu uma massa no chão. Não tinha nenhum guardanapo à mão e instintivamente peguei na massa e meti na boca no preciso momento em que passava a dona da casa que exclamou: Patriiiiicia! E eu, claro me encolhi de vergonha porque só nesse momento me apercebi do acto irreflectido mas repetido porque na verdade desde que fui mãe que muitas vezes me sinto como um aspirador, Mãe não qué más....a mãe comi... 
E não sei como é em vossa casa mas por aqui os despertares são tramados. Sim porque depois de noites a fazer travessias entre quartos e cozinha não consigo despertar de risco nos olhos e batom, impecavelmente arranjada (mas gostava, confesso...). Na verdade acordo despenteada e a maioria das nódoas negras que tenho nas pernas devem-se ao facto de demorar aproximadamente 7 minutos a conseguir abrir os dois olhos e a tentar fazer tudo com apenas um semi-aberto.
E vocês passam o tempo do lado A?

*e claro que a fotografia é tipo a minha 17ª tentativa de ter uma fotografia de nós todos juntos....

Easy like sunday morning...

Gosto de pão feito em casa. Não temos nenhuma daquelas máquinas especiais e não tenho umas mãos particularmente vigorosas para amassar pão por isso quando encontrei esta receita há uns tempos num dos meus blogs favoritos, guardei-a logo para quando tivesse tempo.
Foi o que aconteceu no fim de semana.
Ainda por cima esta é uma receitas em que a massa fica a descansar de um dia para o outro o que quer dizer que meti as mãos na massa no Sábado e tivemos pão fresco e quente no Domingo. E há melhor notícia para um pequeno almoço de fim de semana?... *nota: usei farinha de centeio integral e adicionei 1/2 chávena de sementes de papoila.