Não sei como ainda me surpreendo com a felicidade e a quantidade de tempo que as crianças conseguem estar a brincar com um "não brinquedo".
No outro dia finalmente decidi-me a emoldurar umas ilustrações que tinha para o quarto deles. Desembrulhei-as e ficámos o que me pareceram horas a fingir que o papel era uma gruta. Aquelas gargalhadas dobradas que os meus filhos dão fazem-me rir não apenas no momento mas sempre que as recordo.
Depois, pousei uma das molduras na estante ao lado da cama do Manuel enquanto não decidia onde as iria pendurar e enquanto vestia o Joaquim depois do banho só ouço o Manuel, mãe o que é isto? E com aquelas mãozinhas ágeis e antes que eu conseguisse verbalizar (gritar mesmo), NÃO! Ele conseguiu chegar à moldura, e fazê-la cair da estante, levando atrás o candeeiro e fazendo com que tudo se desfizesse no chão em mil cacos. Acho que a moldura aguentou intacta aproximadamente 12 minutos em nossa casa. E eu só penso no tempo que demorei a finalmente emoldurar aquela ilustração….
Mas mesmo assim, não há nada melhor do que as gargalhadas dobradas destes meus dois amores que numa escala de 1 a 10 de traquinice eu classificaria com 12.
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