5.52
30.1.15
Estes nossos meninos não param. Mesmo assim gosto destes dias em que, quando o pai não está, vamos passear os três. Há vezes (quase todas, provavelmente) em que é caótico mas depois há dias como este em que tudo corre bem e temos tempo para nos sentar a beber um sumo, ver os patos e passear.
Foi assim que aconteceu: A camisola
28.1.15
Desde que me lembro que as malhas têm um lugar cativo no meu armário. Não sei se por sempre me ter habituado às malhas que a minha mãe me fazia, a verdade é que nunca me gostei de ver demasiado aperaltada em camisas que chegavam ao fim do dia fazendo parecer que eu tinha passado por alguma zona de guerra. Para além de que eu sou uma rapariga, por natureza, friorenta. E há poucas coisas mais acolhedoras do que uma camisola ou bom casaco de malha.
A minha sogra costumava comparar o meu gosto por camisolas de malha ao da Clara Ferreira Alves e quer dizer, isso era para mim, um elogio daqui à Lua. A sério. Se ainda não repararam, reparem. Ela tem sempre as melhores camisolas que veste com uma atitude única. Lembro-me quando, no regresso da nossa lua de mel a encontrámos no aeroporto e eu quase corri para ela para lhe contar que era a minha musa das malhas e que a minha sogra achava que eu e ela estávamos nesse mesmo nível de as vestir (i wish, i wish). Descansem, não corri. Fiquei só a olhar para ela de longe.
Há algum tempo atrás, não muito, descobri esta marca que me roubou o coração de malhas feitas à mão e, pelo caminho, deitei mão a estes padrões. E num destes fins de semana, perdi o medo e deitei mãos à obra. Na verdade nunca me ocorreu que fosse ser um projecto tão fácil. Ela é feita numa peça só, de cima para baixo e como o fio é grosso e as agulhas também, é coisa para facilmente se fazer num fim de semana.
Não podia ter ficado mais encantada com o resultado final. Ela veste mesmo bem, o fio tem uma cor linda e muito versátil e, melhor ainda, não me tenho cansado de a usar. Claro que já dei volta ao meu baú de lãs e descobri um cinzento que acho que vai levar a uma segunda camisola, provavelmente de manga comprida. Uma das coisas boas deste padrão é que facilmente o conseguimos adaptar. Mangas mais ou menos compridas, corpo mais ou menos justo, mais ou menos comprido.
Neste dia, com uma tarde livre, juntei-lhe umas calças simples e confortáveis e calcei umas botas que comprei numa das viagens que fizemos aos Estados Unidos e que adoro não só porque me trazem boas recordações (não vos acontece isso? vestir alguma peça porque está associada a uma memória?) mas também porque são incrivelmente confortáveis e também porque não as usava há algum tempo (rotatividade Patrícia, rotatividade).
*fotografias da Luísa
A camisola...
26.1.15
A maior parte das camisolas (se não todas) que tenho deles até aos 9 meses, foram feitas pela minha mãe. Algumas mais clássicas, algumas mais coloridas, algumas caneladas, algumas de malha lisa....Gosto de todas, mesmo daquelas que à partida possam ser de alguma cor ou combinação de que não seja particularmente fã.
A ideia de que os meus filhos usam alguma coisa feita por ela, não consigo bem explicar, mas é muito reconfortante.
Há cerca de 3 anos, na altura do Natal quando estávamos em Lisboa, passámos (eu, a minha mãe e o Manuel) nesta loja linda para escolher alguns fios para trabalhar nessas férias. Este verde garrafa pela cor e pelo toque suave captou logo a nossa atenção e a minha mãe de imediato começou a tricotar a camisola que seria para o Manuel. Nunca chegou a acabá-la e o Manuel nunca a chegou a usar.
Houve um dia, em arrumações, que a encontrei num saco: costas e frente quase prontas, ainda sem as mangas e sem a gola. Pensei que a iria acabar mas nunca tive coragem com medo de não conseguir fazê-lo bem. Num destes dias, ganhei coragem e pedi às senhoras que trabalham comigo que a terminassem e quando ma entregaram eu não podia ter ficado mais feliz. Ficou perfeita. E agora o Joaquim pode usar uma camisola nova, feita pela Avó Isabel.
São estas pequenas coisas que nos põem um sorriso no rosto a cada dia. Que orgulho.
A ideia de que os meus filhos usam alguma coisa feita por ela, não consigo bem explicar, mas é muito reconfortante.
Há cerca de 3 anos, na altura do Natal quando estávamos em Lisboa, passámos (eu, a minha mãe e o Manuel) nesta loja linda para escolher alguns fios para trabalhar nessas férias. Este verde garrafa pela cor e pelo toque suave captou logo a nossa atenção e a minha mãe de imediato começou a tricotar a camisola que seria para o Manuel. Nunca chegou a acabá-la e o Manuel nunca a chegou a usar.
Houve um dia, em arrumações, que a encontrei num saco: costas e frente quase prontas, ainda sem as mangas e sem a gola. Pensei que a iria acabar mas nunca tive coragem com medo de não conseguir fazê-lo bem. Num destes dias, ganhei coragem e pedi às senhoras que trabalham comigo que a terminassem e quando ma entregaram eu não podia ter ficado mais feliz. Ficou perfeita. E agora o Joaquim pode usar uma camisola nova, feita pela Avó Isabel.
São estas pequenas coisas que nos põem um sorriso no rosto a cada dia. Que orgulho.
4.52
23.1.15
Estamos a fechar o primeiro mês desta terceira (!!) ronda de Projecto 52. Às vezes quando tenho algum tempo para divagar pelo computador, venho dar ao blog e dou por mim a rever as fotografias mais antigas e ver como os meus meninos estão a crescer.
O Manuel, se pudesse, vestia este casaco todos os dias. Segundo ele, este é único que lhe permite correr como ele gosta. Depois de sempre se ter recusado a pôr o capuz, agora é das partes que mais gosta. Sente-se um verdadeiro leão e vai rugindo a torto e a direito.
O Joaquim é o nosso doce. Já disse isto, não disse? Mas é-o verdadeiramente. É capaz de nos enlouquecer com a sua energia (especialmente porque começa às 6h00) mas no segundo seguinte oferece-nos o sorriso mais aberto e uma gargalhada sonora e dobrada que ecoa pela casa.
E com isto, já é quase fim de semana!
O Manuel, se pudesse, vestia este casaco todos os dias. Segundo ele, este é único que lhe permite correr como ele gosta. Depois de sempre se ter recusado a pôr o capuz, agora é das partes que mais gosta. Sente-se um verdadeiro leão e vai rugindo a torto e a direito.
O Joaquim é o nosso doce. Já disse isto, não disse? Mas é-o verdadeiramente. É capaz de nos enlouquecer com a sua energia (especialmente porque começa às 6h00) mas no segundo seguinte oferece-nos o sorriso mais aberto e uma gargalhada sonora e dobrada que ecoa pela casa.
E com isto, já é quase fim de semana!
A luz de lisboa...
21.1.15
Se nos acompanham no Instagram devem ter-se apercebido que eu e o Manuel fizemos uma passagem relâmpago por Lisboa e não há vez que volte lá e que não regresse a casa já com saudades desta cidade que também já foi minha.
Em parte por esta luz aberta e contagiante, em parte pelo revisitar dos sítios por onde passei e em maior parte, certamente, por poder voltar a ver e passar tempo com os amigos que lá deixei. Sempre a correr, claro, porque em dois dias e com trabalho pelo meio, as visitas são sempre em regime de racionamento, mas mesmo assim. Mesmo assim volto sempre com uma espécie de bateria recarregada.
Em parte por esta luz aberta e contagiante, em parte pelo revisitar dos sítios por onde passei e em maior parte, certamente, por poder voltar a ver e passar tempo com os amigos que lá deixei. Sempre a correr, claro, porque em dois dias e com trabalho pelo meio, as visitas são sempre em regime de racionamento, mas mesmo assim. Mesmo assim volto sempre com uma espécie de bateria recarregada.
Keep it warm...
19.1.15
Há já algum tempo que não me dedicava a aquecer os dedos com o tricot mas o tempo mais frio das férias do Natal chamava mesmo para isso. Na nossa breve passagem pelo Porto dei um salto a uma das minhas lojas favoritas e aproveitei os tempos em frente à lareira para fazer alguns gorros (porque também, confesso, não estava com vontade para grandes complicações).
Para os dois gorros mais à direita usei a mesma técnica do canelado (1x1) que não só é muito fácil como, dependendo do tamanho que fazemos, acaba por permitir que praticamente toda a família o use (como o de base amarela que nos serve a todos).
No terceiro fiz uma barra de canelado e depois malha lisa e adorei o resultado final que tem qualquer coisa de reggae, não acham?
Para todos usei agulhas de 4mm e o fio artesano e em termos de tamanho fiz 80 malhas para o gorro branco, 94 para o amarelo e 96 para o reggae.
Desta vez preferi acaba-los de forma mais simples, sem o pom-pom mas continuamos a usar muito este gorro que fiz para o Manuel.
Para os dois gorros mais à direita usei a mesma técnica do canelado (1x1) que não só é muito fácil como, dependendo do tamanho que fazemos, acaba por permitir que praticamente toda a família o use (como o de base amarela que nos serve a todos).
No terceiro fiz uma barra de canelado e depois malha lisa e adorei o resultado final que tem qualquer coisa de reggae, não acham?
Para todos usei agulhas de 4mm e o fio artesano e em termos de tamanho fiz 80 malhas para o gorro branco, 94 para o amarelo e 96 para o reggae.
Desta vez preferi acaba-los de forma mais simples, sem o pom-pom mas continuamos a usar muito este gorro que fiz para o Manuel.
3.52
18.1.15
Estás a ouvir-me?
14.1.15
Na rádio vinha a ouvir a notícia da morte de um jornalista e voltei a pensar em todos os que perderam a vida agora em Paris e em todos os que nos vão deixando nestas guerras sem sentido. Daí à memória da minha mãe foi um passo. Senti-me uma criança pouco mais velha que os meus filhos porque me assaltou de repente o medo irracional de que ela não me consiga ouvir lá em cima, com tanta gente a chegar.
Acredito que ela olha por mim, por nós, e acredito tantas vezes nisso que dou por mim a trocar ideias com ela, ainda que no silêncio barulhento que tantas vezes é a minha cabeça. Acredito com uma certeza praticamente inabalável e é também essa certeza que me faz tentar ser melhor a cada dia apesar de nem sempre conseguir.
Não sei bem como pôr em palavras este sentimento de que sempre fui muito filha. Mesmo depois de ter sido mãe. Como se nalguma parte de mim continuasse a ser a criança e não houvesse adulto. E é essa criança em mim que ainda hoje se sente órfã. Viver já é tão complicado por todas estas coisas que às vezes dou por mim com vontade de ralhar-me a mim mesma por dar importância a coisas que não têm um pingo de importância para o correr dos meus dias.
Eu sei que me estás a ouvir, mesmo quando eu não falo. Mas para que saibas sem sombras de dúvida: fazes-me falta todos os dias. Mesmo naquelas coisas que eu achava que não precisava de ajuda. Era casmurrice minha, desculpa. E desculpa se nem sempre consigo fazer as coisas da melhor maneira. Fazes-me muita falta.
A saia dos 45 minutos...
13.1.15
Já aqui tinha ficado a promessa de partilhar a forma como fiz a minha saia de que tantos gostaram. Na verdade, depois desta primeira fiz mais duas e fiz algumas fotografias do meu passo a passo mas não do resultado final. Estava à espera disso mas tem demorado tanto tempo que mais vale avançar.
Vamos a isso?
Segui a ideia que já tinha usado antes para umas calças para o Manuel, das 5 minutes leggings ou seja, escolhi uma saia de que gostava , pus o papel por baixo e desenhei o contorno (da primeira vez fiz logo sobre o tecido mas a verdade é que assim ficamos com o molde que podemos depois usar mais vezes e apesar de investirmos um pouco mais de tempo nesta fase, acabamos por poupá-lo depois).
Depois de cortado o molde passamos para o tecido e cortando-o de acordo com o que desenhamos.
Juntando direito com direito alinhamos bem as duas partes da saia e prendemos com alfinetes (nestes tecidos mais pesados e escorregadios é mesmo aconselhável fazer-se isto porque senão depois, na hora de coser os tecidos vão fugindo). Idealmente podemos alinhavá-lo à mão antes de partir para a máquina mas eu confesso-me um bocadinho preguiçosa e acabo por só fazer isso em tecidos onde seja mesmo mesmo necessário (ou onde queira experimentar primeiro).
Para fazer o acabamento das baínhas como não tenho uma máquina (nem o acessório) de overlock dobro uma vez o tecido, coso e depois volto a dobrá-lo e a coser. Uso a mesma técnica para o elástico, coso uma vez, depois tiro a medida do elástico, marco com alfinetes, coso, enfio o elástico....
E já está! Uma saia nova para usar no dia seguinte.
Qualquer uma destas saias teve um custo inferior a 10 € e nas lojas de tecidos encontram-se preços ainda melhores em pequenos retalhos e sobras de colecções.
Espero que tenham gostado e que tenham ficado com vontade de fazer uma saia nova! Se fizerem não se esqueçam de depois vir mostrar!
Agora ando a pensar aventurar-me num vestido. Vamos ver.
Vamos a isso?
Segui a ideia que já tinha usado antes para umas calças para o Manuel, das 5 minutes leggings ou seja, escolhi uma saia de que gostava , pus o papel por baixo e desenhei o contorno (da primeira vez fiz logo sobre o tecido mas a verdade é que assim ficamos com o molde que podemos depois usar mais vezes e apesar de investirmos um pouco mais de tempo nesta fase, acabamos por poupá-lo depois).
Depois de cortado o molde passamos para o tecido e cortando-o de acordo com o que desenhamos.
Juntando direito com direito alinhamos bem as duas partes da saia e prendemos com alfinetes (nestes tecidos mais pesados e escorregadios é mesmo aconselhável fazer-se isto porque senão depois, na hora de coser os tecidos vão fugindo). Idealmente podemos alinhavá-lo à mão antes de partir para a máquina mas eu confesso-me um bocadinho preguiçosa e acabo por só fazer isso em tecidos onde seja mesmo mesmo necessário (ou onde queira experimentar primeiro).
Para fazer o acabamento das baínhas como não tenho uma máquina (nem o acessório) de overlock dobro uma vez o tecido, coso e depois volto a dobrá-lo e a coser. Uso a mesma técnica para o elástico, coso uma vez, depois tiro a medida do elástico, marco com alfinetes, coso, enfio o elástico....
E já está! Uma saia nova para usar no dia seguinte.
Qualquer uma destas saias teve um custo inferior a 10 € e nas lojas de tecidos encontram-se preços ainda melhores em pequenos retalhos e sobras de colecções.
Espero que tenham gostado e que tenham ficado com vontade de fazer uma saia nova! Se fizerem não se esqueçam de depois vir mostrar!
Agora ando a pensar aventurar-me num vestido. Vamos ver.
As horas do dia... (20)
12.1.15
Depois de fins de semana preenchidos na altura do Natal e Fim de Ano, ansiávamos por uns dias assim, sem pressa para nada. O nosso Domingo foi quase todo passado em casa e soube-nos a paraíso.
08h00 - Estava prometido de véspera, um pequeno almoço de panquecas com uma em forma de Mickey especialmente requisitada pelo Manuel. Gosto muito destes nossos momentos à volta da mesa, por mais caóticos que por vezes (ou, a maioria das vezes) possam ser.
09h00 - O "ataque ao pai" é uma das brincadeiras preferidas destes dois especialmente do Manuel que leva muito a sério a sua missão.
10h00 - Os nossos legos estão espalhados pelo Porto e Lisboa (conforme eles recebem os presentes, por norma, ficam lá) mas temos que comprar para ter em casa porque é um dos jogos preferidos destes dois.
11h00 - O descanso do menino que (quase) nunca pára. Nem a adormecer em que vai tirando meias, calças, tudo o que conseguir...
12h00 - A tentar não usar calças de ganga todos os dias.
13h00 - Almoço na casa de amigos o que significa, para além da companhia, novos brinquedos para brincar. e desarrumar.
14h00 - A brincar às escondidas, esconde-se, de todas as vezes, no mesmo sítio.
15h00 - O nosso pequeno alpinista.
16h00 - O Manuel diverte-se a saltar e o Joaquim, felizmente, sabe que tem que trapar, para cima e para baixo.
17h00 - Chegados a casa, dormem todos e eu aproveito para acabar um projecto de tricot.
18h00 - Na horta para colher alguma coisa para o jantar e hortelã para fazer um chá.
19h00 - Retoques finais enquanto os homens da casa brincam.
20h00 - Petiscos para o jantar.
08h00 - Estava prometido de véspera, um pequeno almoço de panquecas com uma em forma de Mickey especialmente requisitada pelo Manuel. Gosto muito destes nossos momentos à volta da mesa, por mais caóticos que por vezes (ou, a maioria das vezes) possam ser.
09h00 - O "ataque ao pai" é uma das brincadeiras preferidas destes dois especialmente do Manuel que leva muito a sério a sua missão.
10h00 - Os nossos legos estão espalhados pelo Porto e Lisboa (conforme eles recebem os presentes, por norma, ficam lá) mas temos que comprar para ter em casa porque é um dos jogos preferidos destes dois.
11h00 - O descanso do menino que (quase) nunca pára. Nem a adormecer em que vai tirando meias, calças, tudo o que conseguir...
12h00 - A tentar não usar calças de ganga todos os dias.
13h00 - Almoço na casa de amigos o que significa, para além da companhia, novos brinquedos para brincar. e desarrumar.
14h00 - A brincar às escondidas, esconde-se, de todas as vezes, no mesmo sítio.
15h00 - O nosso pequeno alpinista.
16h00 - O Manuel diverte-se a saltar e o Joaquim, felizmente, sabe que tem que trapar, para cima e para baixo.
17h00 - Chegados a casa, dormem todos e eu aproveito para acabar um projecto de tricot.
18h00 - Na horta para colher alguma coisa para o jantar e hortelã para fazer um chá.
19h00 - Retoques finais enquanto os homens da casa brincam.
20h00 - Petiscos para o jantar.
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