Pão para o fim de semana...

Há já algum tempo que seguia o blog e quando soube que ia lançar um livro com as receitas em português nem hesitei em pedir para o André me trazer!
O livro e a história da Ella são uma espécie de inspiração pela leveza, originalidade e surpreendente facilidade com que fazemos as receitas.
A primeira que experimentei foi a do pão super alimentos e fiquei logo fã.

A receita, ligeiramente adaptada aos ingredientes que tinha em casa:

200g de uma mistura de amêndoas, nozes, avelãs e passas (originalmente amêndoas apenas)

260g de sementes de abóbora

85g de sementes de girassol

200g gramas de farinha de arroz (originalmente arroz integral)

2 colheres de sopa de sementes de chia

3 colheres de sopa de mistura de ervas secas (eu não usei)

1. Triturar até ter farinha as sementes todas e juntar depois à farinha de arroz misturando tudo bem;
2. Adicionar 600 ml de água fria e mexer bem deixando reservado 1h para que tudo seja bem absorvido;
3. Pré-aquecer o forno a 200º e colocar a massa no tabuleiro (eu uso uma forma rectangular tipo pão de forma) devendo ter 5-7 cm de altura.
4. Deixar cozinhar cerca de 45 mnts até que uma faca no centro saia limpa.

Lá em casa ficámos todos fãs. Eu simples e os rapazes barrado com manteiga de amêndoa. Cortei em fatias e congelei e tenho passado a semana a tirar fatias e a trazer para o lanche no trabalho. Perfeito portanto. Aproveitem o fim de semana para deitar mãos à obra e fazer pão para a semana. Eu vou fazer isso!

Chutney de Tomate Inglês

Acho que foi no ano passado que o meu pai apareceu com uma pequena planta de um tomateiro inglês para plantar na horta. Não pus grande fé, confesso (até porque não aprecio particularmente o sabor ao natural) mas a verdade é que esta época a árvore tem tido uma espécie de surto de produtividade. Chamemos-lhe assim.
Como os estava a ver na fruteira lá de casa a acumularem-se sem grandes consumos resolvi fazer um Chutney para acompanhar os queijos sempre presentes no nosso frigorífico.
Vi uma ou duas receitas de chutneys mas como não encontrei nenhuma especificamente para tomate inglês, resolvi adaptar:

400 g de tomate inglês descascado e cortado em finas fatias;
1 cebola picada;
2 maçãs cortadas em cubos;
1 pau de canela;
1 pouco de gengibre fresco;
2 cabeças de cravinho;
1/4 de uma malagueta (inteiro sem sementes para retirar no final);
100 ml de vinagre de cidra;

Levar ao lume a cebola, com o tomate e a maçã com o vinagre e deixar levantar fervura e depois adicionar as especiarias baixando o lume e cozinhando cerca de 45 minutos até estar com a consistência certa.

Esta medida deu para um frasco o que foi perfeito para nós já que como é um "chutney da pressa" não cumpre todos os requisito de conservação muito longa.
Eu achei que estava maravilhoso e ainda mais convencida fiquei quando o dei a provar ao André e aos nossos amigos que concordaram e por isso, aqui fica.

Aqui na Madeira conhecemos esta espécie de tomate como tomate inglês, mas não sei se será assim em todo o lado. Em inglês diz-se tamarillo e é um daqueles frutos que cresci a ver e que para nós (pelo menos madeirenses) é muito comum. Mas se não for com este, pensem que facilmente pegam em fruta que tenham em casa e que transformam num saboroso chutney para acompanhar umas entradas de tapas e queijos.

Espero que gostem!

Aqui e ali no fim de semana...

Aqui estamos Segunda-feira. Este fim de semana passou a correr talvez porque foi cheio de bons momentos. Entre as aulas de arte no Atelier Gatafunhos, almoços com amigos, tempo para deitar mãos às obras e cozinhar, e sobretudo, tempo para estarmos os quatro, em família, a aproveitar todos os momentos. Já estou com saudades deste fim de semana só de falar. A sério.

As aulas de arte passaram a ser um momento central do nosso fim de semana. O Manuel adora e o Joaquim já quer ficar a participar. Às vezes tento ficar já um pouco com ele na esperança de que se concentre em actividades mais calmas do que a habitual correria. Sim, acreditem, não para.

Finalmente começou a chuva. É o que eles pensam porque agora podem andar de chapéu de chuva e botas de água. E em casa de botas de água e roupa interior. A combinação preferida destes dois meninos.

Tenho tantas receitas e projectos para partilhar convosco! Tenho feito peças para eles e adorava conseguir ter mais tempo para além das sestas para deitar mãos à obra e conseguir aperfeiçoar algumas (leia-se muitas) arestas que ainda não estão a 100% (quem é que estou a tentar enganar, estão quanto muito a 40%. E estou a ser generosa).

Colhemos muitos tomates ingleses da nossa árvore que o meu pai plantou no ano passado e fiz um chutney que agradou a todos. Fiz um pão deste livro que o André me ofereceu e conseguimos começar os dois dias do fim de semana com um capuccino. Uma espécie de perfeição, portanto.

E experimentei finalmente o desodorizante natural da Sabão da Serra. Já conhecia os sabonetes e o desodorizante é efectivamente uma maravilha. Com ingredientes naturais e muito eficaz. Experimentem, garanto-vos que não se arrependem.

Bom, fim de semana, já tenho saudades tuas.

Amor na ponta dos dedos...

A vestir o Joaquim, uma das maiores dificuldades que tenho é em encontrar calças que assentem bem naquele corpinho magrinho (come tanto ou mais que o irmão, deixem-me que vos tranquilize. mas tenho para mim que gasta tão rapidamente a energia que a comida lhe dá que nem permite criar uma camadinha de gordura...).

Gosto de lhes fazer algumas peças simples (até porque a minha técnica...) e quando vi algumas sugestões de projectos no blog da Inês fiquei logo rendida (ando para fazer este coelho desde o Inverno passado...) e decidi que ia mesmo deitar mãos à obra. Encomendei os tecidos daqui, uns algodões orgânicos maravilhosos ao toque e óptimos de trabalhar e segui os moldes daqui.

Para quem, como eu, não tem uma grande experiência (nem habilidade) na costura e tem o tempo contado (aka enquanto eles dormem...) acho que um dos segredos para o sucesso é ter um bom molde e estes moldes são fantásticos. Têm todas as instruções e passos para além de modelos giros e simples que é exactamente o que eu procuro quando penso em roupa para eles: simplicidade e conforto (com padrões e combinações giras).

No Sábado, enquanto todos faziam uma sesta (pai incluído) fiz estes três pares (umas para o Manuel e duas para o Joaquim) e no Domingo, claro, continuei porque a sensação de fazer coisas bonitas e eles gostarem de usar o que nós fazemos é uma espécie de magia. Agora compreendo porque é que a minha mãe com uma profissão que lhe ocupava o tempo quase todo ainda arranjava forças para me tricotar aquelas peças únicas e maravilhosas.

Agora estou a ganhar coragem para me aventurar nas partes de cima....vou ter que respirar fundo algumas vezes, rezar por uma boa e longa sesta e deixar os dados rolar.

Friday Love ... (2)

Esta camisola linda // Perfeita para os dias mais frescos que se avizinham. Esta marca tem peças com cortes maravilhosos e que combinam bem para um dia a dia de correria ou para momentos mais clássicos. 

Este candeeiro // Estes candeeiros são lindos e imagino-os na nossa cozinha e mesmo na sala. As cores suaves são perfeitas para dar um toque de luz suave.

Uma boa notícia // Nesta luta tão dura e desigual contra o cancro todas estas "pequenas" descobertas são fonte de grande esperança.

Este livro // Finalmente as receitas deste blog passadas para livro e ainda por cima com versão portuguesa.

Estes casacos // Desde que o Manuel era bebé que namoro estes casacos. Lindos com personagens como eles gostam para se sentirem especiais. Ainda não ganhei coragem e agora acho que este pequeno leão seria perfeito para o nosso Joaquim.

Este blog de costura // Se estão à procura de um empurrãozinho de inspiração para se aventurarem na costura este é o blog. Projectos inspiradores com materiais de perder a cabeça. Espreitem lá.

The meatball shop...

Cá por casa não cozinhamos carne com muita frequência. Antes de termos filhos então, acho que era uma espécie de raridade. Por isso não estranhem quando vos digo que nunca tinha feito almôndegas. Nunca. Nem tenho memória de alguma vez as ter visto fazer em casa já que - como uma maçã nunca cai longe da árvore - em casa dos meus pais também sempre fomos mais de peixe do que de carne. Especialmente vermelha. Bom, adiante para a história destas almôndegas maravilhosas.

Das últimas vezes que fomos a NYC passámos (mais do que uma vez) por este restaurante maravilhoso do qual ficámos fãs incondicionais. Por isso imaginam a nossa excitação quando descobrimos à venda o livro com todas as receitas que por lá devorávamos.

Desenganem-se se acham que o livro só tem receitas de almôndegas (e tem muitas, de tantos tipos, incluindo vegetarianas). Tem as receitas dos molhos, dos acompanhamentos (risottos, polentas,...) e dos vegetais. Uma loucura, acreditem quando vos digo.

No Domingo aproveitámos a chuva para fazer um almoço em família e posso dizer-vos que não houve quem não repetisse. Mais do que uma vez.

Se quiserem iniciar-se neste mundo maravilhoso aqui vão as receitas para as almôndegas e para o molho de tomate (a receita das acelgas, também do livro com as acelgas da nossa horta, fica para a próxima que suspeito que a vamos fazer muitas vezes).

Almôndegas Clássicas

2 colheres de sopa de azeite

Cerca de 1 kg de carne ce vaca moída

1 chávena de ricotta

2 ovos

1/2 chávena de pão em migalhas

1/4 chávena de salsa picada

1 colher de sopa de oregãos frescos (ou meia de secos)

2 colheres de chá de sal

1/4 de colher de chá de pimenta rosa (só as cascas)

1/2 colher de chá de bolbo de funcho

4 chávenas de molho de tomate
1. Aquecer o forno a 220º e forrar um tabuleiro com papel vegetal untado com o azeite;

2. Juntar numa taça grande a carne, o ricotta, os ovos, o pão, a salsa, oregãos, sal e pimenta e o funcho e incorporar tudo com as mãos;

3. Formar as almôndegas e colocá-las no tabuleiro de forma a que se toquem;

4. Assar por 20 minutos ou até estarem firmes e cozinhadas;


Molho de tomate *

1/4 chávena de azeite

1 cebola picada

1 folha de louro

1 colher de chá de oregãos

2 dentes de alho

2 colheres de chá de sal

4 colheres de pasta de tomate

1 kg de tomates descascados


* adaptei o molho de tomate porque tinha tomates frescos em casa porque a receita original era com tomates enlatados e com menos pasta de tomate.

1. Aquecer o azeite numa frigideira grande em lume médio e adicionar as cebolas, louro, alho e sal cozinhando até a cebola estar translúcida.

2. Adicionar a pasta de tomate e continuar a cozinhar mexendo a cada 5 minutos. Juntar os tomates e mexer até ferver. Baixar depois a temperatura e mexer todos os cincos minutos de forma a não colar no fundo. Cozinhar durante cerca de 45 minutos.

E agora, bom apetite!

4 anos...

Hoje é um dia de festa. Depois de meses e meses em que planeou a festa, o bolo e o dia minuto a minuto, finalmente chegou o momento. Hoje faz quatro anos.

Logo de manhã lembrei-me exactamente como tinha sido tudo há quatro anos atrás.

A saída de casa. Nós, pais e os 4 avós que esperavam ansiosamente a chegada do primeiro neto.

Lembro-me das duas avós de um lado para o outro na sala de partos e lembro-me da delicadeza da anestesista a conversar comigo enquanto me acariciava o cabelo com uma conversa trivial que me fez sorrir e esquecer por momentos a ansiedade.

Hoje, quatro anos depois, somos menos a cantar os parabéns a a soprar as velas. Somos incrivelmente mais ricos e ao mesmo tempo desmesuradamente mais pobres.

Mas há uma coisa que sabemos com todas as nossas forças: lá em cima, algures atrás de uma estrela, as duas avós enchem-se de orgulho deste sorriso. Ainda mais do que nós.

Meu amor, lembra-te sempre disto. Estamos sempre, todos, presentes na tua vida. Mesmo quando já cá não estivermos.

Durante o fim de semana...

Aparentemente foi um fim de semana cinzento e chuvoso por quase todo o país e por aqui não foi excepção. Resolvemos então fazer uma espécie de retiro para aproveitarmos ao máximo o tempo os quatro e para experimentarmos novas receitas e repetirmos velhos clássicos.

Os Sábados de manhã incluem quase sempre uma passagem pelo Mercado para comprar flores e peixe fresco. Agora ainda mais com o Manuel ali mesmo ao lado nas suas aulas de arte.

Quem queria mesmo também participar era o Joaquim que aproveita todos os momentos para pegar nos lápis de cores e fazer desenhos sentado ao lado dos mais crescidos com aquele sorriso de vitória nos lábios de quem diz "vês mãe, também aqui estou" (um sorriso que só se mantém enquanto nos vê por perto, claro...).

Aproveitei a chuva para calçar ao Joaquim estas adoráveis botas de chuva que comprámos numa viagem. São da colecção do ano passado e eu nem acreditei quando as consegui encontrar no tamanho dele e ainda por cima em saldos. O mais delicioso foi ver que ele gostou delas ainda mais do que nós e não as quis tirar o fim de semana todo.

Pois bem que não resisti e comprei as sapatilhas que tinha andado a namorar neste post, lembram-se? São ainda mais giras ao vivo e tenho a sensação que não vão sair dos meus pés neste Outono/Inverno.

Passámos os dias mais por casa do que fora a brincar, fazer construções e desenhos e a brincar na pista que oferecemos ao Manuel no ano passado no seu aniversário. Quem agora delira com ela durante horas seguidas é o Joaquim.

Aproveitámos também para experimentar receitas deste livro de um restaurante onde vamos sempre que passamos em NYC. Ficaram todas tão boas que prometo partilhar por aqui em breve.