Ultimamente por aqui temos andado em velocidade cruzeiro mesmo quando temos que agilizar o que nos parecem ser mil e uma coisas. A entrada no ano novo tem destas coisas especialmente quando a despedida do ano anterior foi feita em velocidade furiosa. Por estes dias por entre o trabalho, os afazeres do dia a dia, as consultas (ainda tantas consultas) temos conseguido manter a calma e organizar tudo entre os dois adultos da casa.
A madrinha do Manuel ofereceu-lhes pelo Natal uma caixa de artes que é das coisas mais bonitas que já vi e eles andam encantados a fazer desenhos a toda a hora a descobrir novos lápis (cera, de pau, canetas de feltro, pincéis e aguarelas....) o que a nós não só nos deixa cheios de orgulho como nos ajuda a ter tempo para, por exemplo, preparar as refeições. Eu acho que eles adivinham logo os fins de semana e de manhã há um novo coro que canta em uníssono:panquecas, panquecas. Pai incluído.
Num destes dias, enquanto procurava por um daqueles porta-moedas maiores da minha mãe (numa das minhas resoluções de maior organização) encontrei uma carteira de sonho. Por um lado é perfeita na cor e no modelo e, por outro lado, tem ainda todas as suas notas e vida do dia a dia da altura. Início dos anos 80. Tenho uma vaga memória de me contarem do gosto da minha mãe por poesia - lembro-me dos muitos livros lá em casa - e sabia que gostava de escrever. Mas foi com surpresa que encontrei tantos poemas numa carteira. Escritos em postais, nas costas de recibos, folhas soltas. Ainda não larguei a carteira e o André diz que é das mais bonitas que alguma vez viu.
Depois do nosso presente de Natal ter sido uma batedeira que namorava há alguns anos não nos temos feito rogados em usá-la. Acho que todos os dias temos feito alguma coisa desde pão a pizzas até a...massa fresca. A primeira tentativa foi no fim de semana e apesar de não ter sido um desastre também esteve longe da perfeição. Ainda tenho muito que praticar na massa fresca mas nas pizzas, bolos e pão penso que estamos já num bom nível.
No fim do mês o André volta a sair em viagem e a verdade é que este mês e meio que passámos todos juntos, sem interrupções, nos deixou mal habituados.
Não estava preparada para que o Carnaval viesse tão cedo este ano! Para além do fato do Sonic que tenho mesmo que arranjar forma de fazer, ando a deitar mãos à obra para uma ideia que vi. Espero que eles gostem tanto como eu. O Manuel diz que sim, que gosta muito mas que não me posso esquecer do Sonic. Andamos nisto há meses.
E assim tem sido a vida por aqui, com estes desafios bons do dia a dia a quatro.