Winter wonderland...
22.2.16
Finalmente chegou o Inverno! O Manuel andava há meses a pedir para ir à neve e nós tínhamos a desculpa mais válida de todas: não há neve. De resto, pelo menos por aqui, praticamente ainda não tínhamos dado pelo Inverno mas na semana passada tudo mudou e uma frente fria trouxe neve suficiente para cobrir as montanhas mais altas.
Problema: as minhas memórias de idas à neve incluíam sempre imensa confusão, trânsito e longas caminhadas para conseguir efectivamente ver a neve. Por isso fomos adiando por um, dois dias mas no Domingo achámos que não fazia sentido ter a neve ali tão perto e não os levar. Combinámos com queridos amigos e lá fomos nós à procura de um sítio onde não houvesse grande confusão. E encontrámos. Uma espécie de bosque encantado como se vê nos livros. Com direito a guerra de bolas de neve, bonecos de neve e até baseball com bolas de neve. Um delírio portanto. Para quase todos já que o Joaquim precisava de pelo menos mais três idas à neve até se habituar. Onde o púnhamos, ele ficava e depois quando queria dar um passo chamava por nós. Fez-nos lembrar os primeiros dias na areia.
Gostámos tanto que o Manuel já só vinha no carro a perguntar se podíamos voltar no próximo fim de semana. A verdade é que, por nós, íamos já mas a neve parece que não vai aguentar muito mais. É muito bom fazer estes programas em família e com amigos e ver nos olhos destes pequeninos as memórias que estão a construir. Aposto que esta manhã na neve vai durar por muitos anos e lhes vai sempre trazer muitos sorrisos.
Sweet treat...
17.2.16
Apesar de às vezes poder não parecer, não se deixem enganar. Sou uma rapariga gulosa. Muito, mesmo. Lembro-me de quando era pequena e a minha mãe estava em Bruxelas a trabalhar e trazia para casa aqueles maravilhosos chocolates que tentava esconder num armário pondo a chave nos mais recônditos lugares. E eu encontrava sempre. E quando os meus pais abriam o armário para encontrar muitas caixinhas vazias. A minha preferência sempre foi para estas pequenas delícias: orangettes. Cascas de laranja cobertas de chocolate. A minha amiga Sara que me conhece desde praticamente sempre também me trazia de vez em quando umas caixinhas maravilhosas quando estava a viver em Bruxelas e eu andava cheia de saudades de tomar um café acompanhado por uma (ou duas, ou três) destas tirinhas e por isso um destes dias resolvi que era hora de perder o medo e deitar mãos à obra.
Encontrei esta receita num dos meus blogs de eleição e tirei uma tarde enquanto os rapazes faziam a sesta para ir fazendo os vários passos. Não ficaram particularmente bonitas, é verdade, mas posso assegurar-vos que estavam deliciosas. O André diz mesmo que estavam melhores do que umas das nossas favoritas.
A receita é bastante simples de concretizar mas requer algum tempo e paciência e é perfeita para ter em casa para uma daquelas vontades urgentes de comer um chocolate.
Eu usei açúcar amarelo para cozinhar as cascas de laranja e chocolate 80% para as cobrir.
Mãos à obra?
Primavera, estás aí?...
15.2.16
Sou, por norma, uma rapariga de carteiras grandes. Acho que sempre fui assim mas tudo isso se agravou depois de ter sido mãe e ter passado a levar ao ombro aquilo que me parece ser - na maioria das vezes - grande parte da minha casa. Pelo menos, de cada vez que os miúdos lá metem as mãos, descobrem uma série de brinquedos/acessórios/objectos perdidos e quase esquecidos mas que nos garantem, muitas vezes, umas garfadas mais tranquilas numa qualquer refeição.
As minhas costas, claro, ressentem-se. Juntando à carteira, dois pequenos macaquinhos que pedem colo a cada dois metros. Bom, imaginam.
Num destes dias encontrei uns maravilhosos restos de tecidos de decoração e pensei logo que seriam perfeitos para uma finalidade deste género. Tenho tantas outras ideias mas resolvi iniciar-me com o mais básico na minha habitual sede de ver rapidamente pronto o produto do meu impulso. Pronto, confessei.
Fiz uma para mim e de seguida duas para oferecer. A minha, a primeira, ficou longe de perfeita porque o tamanho do fecho deu-me ali alguma luta mas as seguintes enchem-me bem as medidas e acho que não me fazem ficar mal.
As cores lembram já a Primavera (ontem, por aqui, esteve um dia de Verão, portanto...) e parecem-me perfeitas para combinar com qualquer roupa. Mas se calhar estou a ser tendenciosa.
Antes de meter mãos à obra estive a ver várias sugestões por essa internet fora e este tutorial explica bem como fazer.
Ultimamente, por aqui...
12.2.16
Ultimamente, por aqui, temos andado a tentar escapar às viroses típicas destas mudanças de temperatura. Não temos tido grande sucesso porque para já apanharam-me a mim e ao Joaquim. Mesmo assim, estes meninos continuam bem dispostos e sempre prontos para uma qualquer brincadeira.
Acho que se habituaram mal com esta espécie de fim de semana prolongado com programas a pedido. Dançaram músicas imaginárias enquanto aproveitavam as nossas distrações para apanharem todos os bocadinhos de uma queijada supostamente para partilhar entre todos. Supostamente, ora nem mais.
Aproveitei o dia de Carnaval para experimentar fazer um dos meus doces favoritos: orangettes. Ficaram deliciosas e suspeito que vou ter que as fazer mais vezes tal é a velocidade com que desaparecem. Também aproveitei estes dias por casa para voltar a fazer estas Focaccias e acho que ficaram ainda melhores que as anteriores (usei uma mistura de farinha de espelta e quinoa e estavam deliciosas). O André, claro, pediu-me logo que o relembrasse porque é que não as fazemos mais vezes?
Foi também por estes dias que mudámos a cama do Joaquim que passou do berço para uma cama de crescidos uma ambição que tinha há muito tempo e que estávamos a tentar adiar ao máximo. Mas a verdade é que ele já saia e entrava trepando pelas grades como se de uma cama normal se tratasse portanto...
Uma vez mais preferimos ir para uma cama mais tradicional e tivemos a sorte de ter uma que tinha sido de uma tia-avó e que apenas precisou de uma pequena limpeza. Já a do Manuel tinha passado por mim, pela minha mãe e pela minha avó e acho que assim mantemos uma espécie de tradição que nos agrada bastante. Outro ponto muito positivo destas camas é que são bem baixas o que nos tranquiliza em relação às eventuais quedas.
E assim tem sido por aqui. Com tempo para muitas brincadeiras, festas de aniversário (a sério, estes miúdos têm uma vida social incrivelmente activa) e, o nosso preferido: tempo para estarmos em casa, em família, entre jogos, cozinhados e mimos.
O brownie...
11.2.16
Já por aqui vos contei que cá por casa temos dado bem uso às receitas deste livro. Uma das que fazemos praticamente todas as semanas é a destes brownies. Aqui por casa casa gostamos todos mas a verdade é que quem os devora sou eu. Não sei se por estar mais habituada a estas receitas a verdade é que isto me sabe verdadeiramente a uma daquelas delícias de alta pastelaria.
É habitualmente o lanche que levo para o trabalho acompanhado por um iogurte por exemplo.
A receita (ligeiramente adaptada da original) é muito simples e faz-se rapidamente:
1/3 de chávena de farinha (usei farinha de arroz);
1/2 chávena de amêndoa moída;
800 g de batata doce
2 colheres de sopa de maple syrup;
14 figos secos;
3 colheres de sopa (rasas) de cacao cru.
Modo de fazer:
Assar as batatas durante cerca de 50 minutos até estarem bem assadas e bem moles ao picar de um garfo. Colocar num robot de cozinha e ralar bem as batatas até estarem em puré. Juntar os figos e bater novamente. Juntar os restantes ingredientes.
Colocar o preparado numa forma forrada com papel vegetal (fica denso, têm que espalhar).
Levar ao forno a 170º durante cerca de 40 minutos.
Eu prefiro deixá-lo sempre no frigorífico porque como uso mais batata doce do que na receita original, fica assim mais cremoso e fresco fica melhor.
Perfeito para estes tempos pós-carnaval, não?
1/2 chávena de amêndoa moída;
800 g de batata doce
2 colheres de sopa de maple syrup;
14 figos secos;
3 colheres de sopa (rasas) de cacao cru.
Modo de fazer:
Assar as batatas durante cerca de 50 minutos até estarem bem assadas e bem moles ao picar de um garfo. Colocar num robot de cozinha e ralar bem as batatas até estarem em puré. Juntar os figos e bater novamente. Juntar os restantes ingredientes.
Colocar o preparado numa forma forrada com papel vegetal (fica denso, têm que espalhar).
Levar ao forno a 170º durante cerca de 40 minutos.
Eu prefiro deixá-lo sempre no frigorífico porque como uso mais batata doce do que na receita original, fica assim mais cremoso e fresco fica melhor.
Perfeito para estes tempos pós-carnaval, não?
O Carnaval...
8.2.16
Não me interpretem mal mas este ano estou a contar os minutos para acabar o Carnaval. Não sei se por ter sido mais cedo que nos outros anos, se por ter corrido quase tudo ligeiramente ao lado do que esperava. Bom, o que interessa é que estamos perto do fim. Apesar de eu já ter uma encomenda para o próximo ano. Do Manuel que diz que quer voltar a ser o Batman.
O problema de ler os mails a correr entre uma e outra tarefa é a informação que fica pelo caminho. Li num e-mail da escola que havia um dia que era o da mascarilha e apressei-me a fazer máscaras para eles. Encontrei on-line uns desenhos da Patrulha Pata e usei como base para fazer umas máscaras em feltro. Eles adoraram. A única questão que me escapou no email é que as mascarilhas eram para ser feitas na escola. Carnaval 1 - Patrícia 0 .
O Manuel já andava há meses (já nos anos foi o que nos pediu, um Sonic) a dizer que queria vestir-se de Sonic no Carnaval. Já tinhamos arranjado uma cabeça mas o fato parecia-me tão complexo (com as cristas nas costas) que depois de muito hesitar acabei por mandar vir. Problema: não chegou a tempo o que fez com que na véspera, às 15h00 eu corresse a pedir ajuda à costureira. Olhando agora acho que ficou muito melhor assim do que o outro que acabou por ficar preso na alfândega (mesmo não tendo este as cristas nas costas e sendo tão básico como um simples pijama). O Joaquim foi de Woody com um fato que o Manuel já tinha usado. Diferenças: não quis o chapéu, não quis o coldre nem a estrela de xerife e foi uma luta para que não tirasse o colete. E ainda levou um lenço diferente porque não encontrei o vermelho.
Carnaval 2 - Patrícia 0.
Quando soube que o tema da escola eram os Palhacinhos (uma vez mais a minha leitura diagonal deixou escapar os "coloridos") imaginei logo um fato assim. Já no ano passado o Joaquim tinha sido o nosso palhacinho. Queria que as calças fossem também riscadas mas apesar de percorrer todas as lojas e mais algumas não consegui. Fiz uns pompons grandes (usando cartão e como base para o corte, um CD) e depois comprei os cones numa papelaria e pintei adicionando um pompom a cada um. Adorei o resultado final e eles foram muito felizes. O Joaquim estranhou durante os minutos iniciais e tentou arrancar todos os pompons da camisola mas depois lá se distraiu. O Manuel chegou a casa a dizer que os amigos tinham gostado muito e que por isso ele ofereceu os fios dos seus pompons: azuis aos meninos, rosa às meninas.
Carnaval 2 - Patrícia 1 (um bocadinho forçado eu sei mas eles gostaram!)
O primeiro de todos os disfarces que fiz foi o de Mr. Potato Head para eles. Eu estava tão entusiasmada e não havia adulto que não gostasse. Problema? Nenhum deles o queria usar. Aproveitámos uma festa de aniversário e tentámos que fossem vestidos. O Joaquim protestou (vigorosamente) nos primeiros 10 minutos e depois resignou-se (na verdade estava a chocar uma virose e penso que foi a febre que o dobrou e não uma simples resignação). Já o Manuel disse sim senhora mãe, eu visto e mal pôs o pé dentro da festa: tirou. Nem chegou à sala. Tirou mesmo na cozinha.
Carnaval 3 - Patrícia 1.
Por isso Carnaval: gostamos muito de ti e tal e tal mas até para o ano, sim?
A recompensa...
4.2.16
Este mês decidimos começar com um quadro de (bom) comportamento lá em casa. Numa (mais uma) tentativa de conseguirmos incutir nestes meninos um sentido de responsabilidade sobre o que fazem durante o dia e de perceberem que podem ser recompensados ao fim de umas quantas carinhas felizes no seu quadro.
Depois de uma semana com mais carinhas felizes do que "mais ou menos" e nenhuma triste o Domingo era dia de surpresa. O ideal seria ter cá o pai também mas como o Manuel já falava há tanto tempo em ir andar de teleférico, enchi-me de coragem e depois da missa preparei uma mochila e disse: vamos a isso meninos!
Sem carrinho fica tudo um bocadinho mais complicado porque o Joaquim tem uma espécie de teoria sobre a impossibilidade de dar a mão ao pai e à mãe. Acha que é demasiado independente para essas coisas de bebés. Valeu-me o facto de adorar andar de mão dada com o irmão e de o Manuel ser um irmão mais velho muito atencioso.
E assim fomos. Lanchámos num pequeno café que tem uns sumos e bolos caseiros deliciosos e ainda comemos um frozen yogurt com topping de mini oreos que experimentaram pela primeira vez. Um delírio, podem imaginar.
Claro que houve os percalços do costume como aqueles momentos birra por quererem ir para um lado e não para o outro mas a verdade é que adorámos os 3 e nos divertimos por igual. E claro, passaram o tempo a dizer adeus às carruagens com que nos cruzávamos.
Subscribe to:
Posts (Atom)