Quinta-feira....

27.5.16
Sabíamos que queríamos aproveitar o feriado com os miúdos já que ultimamente a correria tem sido muito e sentimos que era um dia bom para os compensar por isso. Tínhamos pensado numa manhã de mergulhos que é o que nos têm pedido incessantemente nos últimos tempos mas o dia acordou muito pouco apetecível para a praia e resolvemos então - depois do tradicional pequeno almoço de panquecas - descer a pé de casa e ir de teleférico ao Monte.
É seguramente um dos seus programas preferidos. Entre a viagem de teleférico e o dizer adeus a todos os que se cruzam connosco, o passeios naquelas pequenas ruas encantadoras e, claro, a pausa para café e gelado num dos melhores bares que conheço por aqui. 
O Joaquim agora anda nesta fase em que adora fingir que está a dormir nos sítios mais improváveis. Nesta escadaria por exemplo. Fecha bem os olhinhos - sempre a sorrir - e até ressona. Depois abre os olhos e solta uma gargalhada. Este miúdo tem algumas das melhores saídas.
O bolo de laranja caseiro e o frozen yoghurt com topping de mini oreos. Uau. deixem que vos diga. Para além dos sumos e batidos naturais, tostas de abacate. Com uma vista maravilhosa. Nunca nos cansamos de lá ir.
O Manuel a decidir o nosso rumo com este ar de, mãe estou tão crescido e o Joaquim com este sorriso para a fotografia.
Depois de os deitarmos o André só me dizia, são tão doidos os nossos filhos que só podem ser muito felizes. Abraçam-se para logo a seguir brigar por uma coisa qualquer. Fazem conspirações contra nós numa aliança inquebrável. E riem-se tanto. Todos os dias. 
A expressão, depois do passeio, quando voltámos a entrar no teleférico para regressar. Não consigo parar de rir. É tão dele, esta expressão. No regresso ainda parámos para almoçar pizza e resolvemos voltar a pé para casa. Claro que ao fim de tanta caminhada já tínhamos dois macaquinhos que só queriam colo e claro que nessa altura começou a chover. Subir uma rua com eles ao colo, sob chuva estava a ser um desafio mas quando estamos a chegar o Manuel vira-se e diz-nos, Isto é que foi uma aventura! E soubemos nesse momento que tinha valido a pena.

Foi assim que aconteceu: Alegria numa peça de roupa

18.5.16
Já tinha comprado este molde há muito tempo. Estava, juntamente com outros, na pasta da dropbox à espera do momento certo. Esta coisa do momento certo tem muito que se lhe diga. Não tem só a ver com o tecido. É um bocado como ir às compras a precisar de uma camisola de vir com uns sapatos! Porque tem a ver com o tecido mas também com a disposição, com o tempo lá fora, com o tempo que temos para nos dedicar ao projecto e so on, so on...
Mas então, tinha eu este molde há tanto tempo sem bem saber como o fazer. Já tinha estes tecidos há algum tempo e depois de ver aqui o exemplo deste molde com umas mangas de sino (chamam-se assim? não sei) lembrei-me logo de os ir buscar ao fundo da arca. Comecei pelo top que tem um tecido fininho perfeito para este tempo e depois passei para a túnica num padrão que me lembra os tecidos infantis e que talvez por isso, tenha achado perfeito. Resolvi acentuar o efeito das mangas e não podia ter ficado mais feliz com o resultado.

Ultimamente, por aqui...

17.5.16

Ultimamente, por aqui, temos oscilado entre a correria dos dias e o tentarmos aproveitar os fins de semana com a calma que tão bem nos sabe. Temos feito muitas das nossas refeições em casa, à volta de novas receitas e entre os petiscos que tão bem nos sabem com esta chegada da Primavera. Aos fins de semana já não escapamos aos pequenos almoços de panquecas, torradas ou fatias douradas e já temos dois meninos que pedem em uníssono: mais syrup! No Domingo o André deixou-me dormir um pouco mais mas o Manuel estava sempre a escapar-se para o quarto para me chamar e lembrar que era Domingo e que era dia de panquecas. Ou fatias douradas. Ou torradinhas. E claro, que não tive como resistir e ainda não eram 9h e lá estava eu de volta dos tachos.
Por estes dias também provei os melhores cannoli caseiros que alguma vez tinha provado. Para dizer a verde acho que nunca tinha comido nenhuns caseiros. Claro que agora ando com todo um plano mental para os tentar reproduzir em casa.
O Joaquim está com o sorriso mais delicioso quando vê que lhe vamos tirar uma fotografia. Faz um sorriso tão cómico que me derreto a cada vez.
E claro, incontornável, o Benfica foi campeão e estes dois estão eufóricos. Hoje pela casa o Manuel cantarolava baixinho enquanto fazia os legos "e o nosso amor é o SLB..." enquanto o Joaquim levanta os braços "Bfica!!".
E assim, tem sido, ultimamente, por aqui...

Conforto numa taça...

12.5.16

No fim de semana, naqueles dias desta Primavera teimosamente fria, achei que precisava de um jantar de consolo para mim. Algo que me aquecesse mas que não me desse demasiado trabalho uma vez que estava sozinha com os miúdos.

Um dos meus blogs preferidos de culinária, o Green Kitchen Stories tem finalmente uma edição do livro em português e, claro, mal o vi numa livraria não resisti. O livro, tal como o blog, é uma delicia de ler. As pequenas histórias, as fotografias e as receitas fazem com que me perca tempos intermináveis por entre aquelas páginas. Mas voltemos ao meu jantar.

Com os ingredientes mais simples, fiz uma sopa de tomate assado que me encheu as medidas.

A receita:
1kg de tomate;
400g de grão de bico;
6 dentes de alho esmagados com o cabo da faca;
1 colher de sopa de paprika;
2 colheres de sopa de azeite;
2 ramos de oregãos;
e, opcional, iogurte natural para adicionar ao servir.

Junta-se tudo num tabuleiro e leva-se ao forno a 180º durante cerca de 1 hora. Depois, num robot de cozinha, tritura-se tudo deixando de fora alguns grãos inteiros para servir na sopa. Opcionalmente pode ainda adicionar-se uma colher de iogurte natural.

Espero que gostem da sugestão e se a experimentarem depois venham contar como correu!
E com isto, estamos quase no fim de semana!

Eu petisco, tu petiscas...

9.5.16
Tenho a ideia de já vos ter contado que, cá por casa, somos gente de petiscos. Provavelmente já o referi mais do que uma vez. É raro não encontrarmos crackers na despensa ou queijos e pickles no frigorífico. No Sábado, aquele dia em que choveu quase sem parar por aqui, achei que era o dia para deitar mãos à obra e ver o que sairia dali (até porque foi um daqueles dias em que às 3 da tarde estava pronta para lhes dar banho. Achei que era melhor encontrar forma de os entreter, vá....). Há uns tempos atrás, a querida Susana serviu-me umas bolachas a acompanhar uma salada que estavam de sonho. No blog dela encontram várias sugestões mas eu como não tinha grandes ingredientes em casa resolvi inspirar-me num livro que comprei há uns tempos atrás que tem receitas de pão de levedura lenta e fazer uma receita básica que aparece lá.

A receita (ligeiramente adaptada):

400 g de farinha de espelta;
50 g de farinha de aveia;
1 colher de chá de flor de sal;
30 g de azeite;
120 g de água;

Modo de preparação: Misturam-se os ingredientes todos sem bater e deixa-se descansar 30 minutos. Depois, amassa-se bem e deixa-se descansar outros 30 minutos a 1 hora..  Separa-se a massa em dois e a partir daqui pode conservar-se bem embalada no frigorífico até 4 dias ou deitar mãos à obra.
Para os grissinis (são mais uns palitos enrolados porque os miúdos acharam mais graça assim), estende-se bem a massa deixando uma altura de cerca de 1 cm (deixei menos porque os fiz enrolados. Se fizerem grissinis, depois de cortarem as tiras dão-lhes a forma arredondada). Depois de cortarem. colocam-se em cima do papel vegetal e vão o forno a 180º durante 15-20 minutos.
Para as crackers, estende-se a massa mais fina (no meu caso, quando ia a meio do processo lembrei-me de adicionar azeitonas que os miúdos adoram e voltei a por a massa na batedeira, adicionei as azeitonas e polvilhei mais um pouco de farinha) e cortam-se as formas que se quiser. Eles ajudaram a cortar e até acho que o trabalho ficou muito bem executado! Vai ao forno à mesma temperatura cerca de 10-15 minutos.

Depois, é só aproveitar os fins de tarde (espero pelos mais soalheiros, no jardim, em breve) para desfrutar e acompanhar com um chutney e queijo por exemplo. 
Ainda não experimentei o pão. Embora ande cheia de vontade, aquele processo do fermento caseiro dissuade-me a cada leitura. Vamos ver, vamos ver...

Domingo...

4.5.16
Domingo foi, por aqui, um daqueles dias que nos fez acreditar que o Verão estava ao virar da esquina. Acordámos animados com a luz de um céu azul limpo e depois de um pequeno almoço de fatias douradas (como a minha mãe me fazia e eles agora me pedem sempre para fazer) fomos todos dar um mergulho. Há qualquer coisa nos mergulhos nestes mares lindos da Madeira que me leva na certa de cada vez que entro dentro de água. Aquele azul profundo. Aquela sensação de nadar com o fundo mais ao longe que num mar de areia. Poucos mares hão de bater este. Lembro-me quando fiz mergulho (ainda fiz mergulho de garrafa durante algum tempo) de sentir que era das sensações mais libertadoras. O infinito do mar à tua frente. Mas isto já sou eu a divagar. Acontece muito isto. De divagar nos meus pensamentos.
A cada momento do dia - dia da Mãe - o pai perguntava-me o que queria fazer a seguir e por isso, depois do mergulho seguiu-se uma pizza e depois, claro, uma espécie de sesta colectiva. A casa em silêncio e o acordar de cada um. Como o dia continuava lindo, mesmo mais ao fim da tarde, resolvemos sair a pé de casa para um passeio. Isto pode ser um grande desafio, deixem que vou diga. Os nossos meninos são do mais preguiçoso que pode haver para andar a pé mas ainda assim conseguimos empreender uma bela caminhada a quatro com paragens para água fresca e limonada numa esplanada e depois, claro, gelados.
Não admira que eu já esteja com saudades de Domingo. Desde Segunda-feira.

Da horta para a mesa...

3.5.16

À medida que vão mudando as estações também vai havendo mudanças no cultivo da nossa horta e com a chegada do tempo mais quente pareceu-nos uma boa ideia ter rabanetes plantados. Os rabanetes fatiados bem fininhos ficam óptimos em saladas mas uma coisa das hortas é a, por vezes surpreendente, produção. Quando dei por mim tinha um enorme molho de rabanetes e não sabia ao certo o que havia de fazer com eles.
Claro que o Manuel mas ouviu a palavra rabanetes disparou um, Oh eu adoro rabanetes, nunca provei mas sei que adoro! E depois logo me lembrei que ele adorar era só em termos teóricos porque o coelho de uns desenhos que ele gosta de ver (sobre, segundo ele, um coelho que nunca desiste) adora rabanetes.
Como lá por casa somos (os adultos, vá) fãs e pickles, deitei mãos à obra para encontrar uma boa receita aplicável a rabanetes mas não foi tão fácil como inicialmente pensei. De todas as que foi encontrando esta pareceu-me a melhor (não pus anis e em vez da pimenta da jamaica usei grão de pimenta branca) e por isso, há umas semanas atrás deitei mãos à obra.
Por estes dias tem sido altura de os comer e temos adorado o resultado. Cá em casa gostamos muito dos petiscos de fim de tarde e estes pickles enquadram-se no conceito na perfeição.
A Patrícia também deu a sugestão de os fazer no forno, cortados em metades, regados com limão e azeite e com um pouco de sal em cima e ficam deliciosos também. Quem diria que os rabanetes podiam ser usados de tantas maneiras - eu não fazia ideia!

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