Há pouco mais de dois anos (!!!) desabafei por aqui sobre o que era o meu Lado B da Maternidade e tenho vindo a descobrir que para além desse lado existem muitos outros que vamos descobrindo à medida que evoluímos neste maravilhoso mundo a que chamamos maternidade.
As últimas semanas têm sido...desafiantes, chamemos-lhes assim. Pensei que a chegada do tempo mais quente fosse aligeirar as disposições mas eis senão quando funciona exatamente ao contrário de qualquer expectativa. Com o pai fora por um período mais prolongado (três semanas que me estão a parecer um ano) claro que fica tudo muito mais difícil e claro que como qualquer boa lei de probabilidades desviada tudo o que puder acontecer durante esse tempo: vai acontecer. Eu devia ter visto que vinha aí qualquer coisa semelhante ao virar da esquina mas não consegui ter criatividade para tal.
Passada a otite inicial de um veio uma virose daquelas que causa vómitos sucessivos ao outro. Nada de novo até aqui. Já tinha experienciado o vómito direccionado (para dentro da camisola, para cima dos sapatos ou, quando corria bem, para o tapete roupa de cama ou madeira corrida do chão - o melhor cenário!). Desta vez e desculpem-me a imagem que isto possa causar, experimentei o vómito a jato direccionado. Para o meu rosto. Enquanto eu exclamava: - não!!! Podem imaginar no que deu? Claro que nada disso importa no momento e o que há a fazer é apanhar o cabelo, passar água no rosto com uma mão enquanto com a outra o lavava, deixando-o de molho no banho o tempo suficiente para mudar a roupa da cama e lavar o chão e pôr tudo pronto. Pronto para o segundo round. E depois para o terceiro. Tudo isto sem tempo para lavar aquele cabelo - aquele cabelo que levou com o jato. Nem as sobrancelhas. Ou orelhas. Ou os dentes (eu sei, que nojo pensam vocês, mas eu prometi a mim mesma que nada mais diria aqui do que a verdade). Eventualmente no avançar da noite lá consegui meter-me no banho mas durante todo o dia seguinte de cada vez que mexia no cabelo no trabalho sentia um aroma peculiar no escritório. Mas seria imaginação minha com certeza (assim rezava eu).
Ainda tive uns dias de descanso - a trabalhar, aquele descanso bom da maternidade em que conseguimos tomar um café calmamente apesar de passarmos o dia zombies enquanto analisamos 1001 relatórios e pareceres e outros que tal - antes da fase seguinte.
A fase seguinte é para mim, o pior de todos os cenários: quando nós próprias adoecemos.
E apanhei-a das fortes, deixem que vos diga. Uma gripe daquelas que me deixava com vontade de rastejar para um buraco e hibernar durante dias. Ou meses. É o pior cenário porque eles continuam cheios de energia. E há uma festa de final de ano na escola. Há um Mickey Mouse e um Speedy Gonzalez que precisam de roupas (e de um chapéu de mexicano!!) e que estão entusiasmados com o grande dia. E nada pára. E eu continuava com vontade de rastejar para um buraco que imaginava silencioso e suave como a minha cama.
No dia em que recuperas um bocadinho e já te consegues levantar da cama tens o mais novo a apontar para a boca a dizer: dói dói mãe. E é quando descobres que existe uma doença qualquer da boca mãos e pés. E que é altamente contagiosa. Surpresa mãe!
Eu sei, eu sei, se calhar um blog devia mostrar um cor de rosa intenso mas a verdade é que por aqui por casa os dias não são só essas coisas bonitas que povoam as redes sociais por esse mundo fora. Não quer dizer que não sejam felizes. São imperfeitamente felizes, com muita correria, muito pouco tempo para se arranjar, alguns gritos, muita roupa suja e momentos de exaustão. Mas mesmo assim, não os trocávamos por nenhuns outros. Nem os poderíamos, em boa consciência, tentar camuflar.
Junho, mesmo assim, estamos-te muito gratos por todos os momentos tão felizes que nos tens trazidos. Mas agora, vai com calma e diz a Julho que se porte bem, sim?
* e para convencer o mês a acabar em grande, rastejei para fora do buraco e fizemos panquecas de banana para o pequeno-almoço.
Short Stories...
17.6.16
Ultimamente, por aqui, a velocidade tem sido estonteante - sinto que me estou a repetir e desculpem por isso. Mas a verdade é que poucas vezes conseguimos andar a velocidades mais calmas apesar de tentarmos sempre. Ultimamente por aqui o sol tem brilhado mais e saíram dos armários as sandálias e os calções e os miúdos andam numa excitação por poderem usar manga curta!! Os olhos do Manuel brilham só por isso.
Temos aproveitamos muito o jardim nestes primeiros dias de sol e isso tem dado direito a muitas sestas conjuntas cá por casa. Especialmente minhas e deles.
Os pequenos almoços reforçados ao fim de semana, em casa, são uma espécie de regra e já acordamos ao som do "panquecas mãe!!" todos os sábados e domingos. Os crepes com manteiga de amendoim são o meu vício por estes dias.
Ultimamente por aqui a vida tem-nos sorrido e nós estamos muito agradecidos por isso.
Fim de semana grande...
13.6.16
Neste fim de semana grande pareceu que o Verão tinha chegado. Tínhamos andado a fazer planos para dias passados na praia mas como acontece à maioria dos planos feitos com demasiada antecedência (pelo menos cá por casa): falharam. O Manuel teve uma otite e mesmo tendo recuperado bastante rapidamente isso implicou, naturalmente, nada de praia. E como sabemos que este rapazinho não consegue ver uma praia ou piscina sem mergulhar, achámos que o melhor era arranjar outras distracções. Uma ida ao parque com aquele escorrega que faz as delícias dos dois era uma paragem obrigatória. E com esta vista, a sério. Um dos parques com melhor enquadramento que alguma vez vi.
Aquele momento em que toda a gente no parque olha para ti porque gritas: não saltes Manuel!!!
E ele, claro, salta.
Numa das tardes o André levou o Manuel ao cinema para um programa de meninos crescidos há muito prometido e depois de deitar o Joaquim preparei um almoço rápido para mim. Agora estou viciada nesta combinação de espargos e amêndoas salteados em azeite com um pouco de flor de sal.
Perdemos a conta à quantidade de vezes que o Joaquim conseguiu ensopar-se, completamente vestido, num fundinho de água na piscina insuflável cá de casa. Deixamos de contar quando ultrapassou as 8.
"Olha mãe, sou um anjo na neve mas só que na relva!"
Uma já tradicional noite de pizza. Cada um faz a sua mas eles comem as deles e as nossas. Rapazes....
"Olha mãe, sou o pinóquio!"
Depois de ter perseguido o que me pareceu uma quantidade infinita de pombas, achou que, dado o insucesso, o melhor era apanhar-se a si mesmo.
"Anda cá pombinha, anda cá...." dizia ele baixinho com a rede escondida atrás das costas....
Fim de semana grande e bom. Suspeito que a semana vai demorar a passar. Agora, com o pai fora em trabalho, tenho que encontrar criatividade para planear os próximos fins de semana com actividades para estes dois meninos senão já sei que vou ter que ouvir: quando o pai está cá...
Fim de semana grande e bom. Suspeito que a semana vai demorar a passar. Agora, com o pai fora em trabalho, tenho que encontrar criatividade para planear os próximos fins de semana com actividades para estes dois meninos senão já sei que vou ter que ouvir: quando o pai está cá...
Boa semana, vamos a isto!
Eu gosto é do Verão...
9.6.16
Quando começou o tempo a melhorar e eu disse ao Manuel que podia vestir os calções e t-shirt ele virou-se para mim com espanto, A sério mãe, posso ir de manga curta? E de calções??? num tom interrogatório que ele imprime à frases enfatizando a surpresa logo seguido por um murmúrio para si mesmo de, eu gosto mesmo tanto do Verão.
Chegou a altura do ano de brincar às escondidas. Umas das suas brincadeiras favoritas - a par de trepar árvores conforme se pode ver. O Joaquim, claro, quer sempre fazer tudo o que o irmão faz e portanto se o Manny conta, ele também se encosta para contar.
Este também será - declarado por nós - o Versão do Churrasco. Já o fizemos várias vezes e agora que o André lhe ganhou gosto desconfio que ninguém o vai parar. Estamos a aperfeiçoar as técnicas e pratos e suspeito que vamos chegar ao fim a fazer quase tudo no nosso churrasco.
Verão, ainda não chegaste e já estás a ser tão generoso connosco. Temos grandes expectativas para ti, não nos desiludas.
Verão, ainda não chegaste e já estás a ser tão generoso connosco. Temos grandes expectativas para ti, não nos desiludas.
Sabe a Verão
6.6.16
Durante o fim de semana combinámos um almoço em cima da hora cá em casa. Estamos muito comprometidos com a ideia de usar e abusar do nosso churrasco durante este Verão e resolvemos que isso, aliado a uma carne de criação caseira (não da nossa casa, porém) que tínhamos congelada era a desculpa ideal para um almoço de Domingo.
Junte-se a isso uma piscina insuflável (ainda que furada e a pedir consecutivas ajudas da bomba de ar) e uma rega automática e temos o cenário perfeito e o dia ideal, se perguntarem aos meus filhos.
A cereja no topo deste dia de céu azul foi este gelado de Morango e Manjericão, receita da minha querida amiga Susana. A Susana foi uma daquelas coisas boas mesmo boas que estas andanças virtuais me trouxeram e suspeito que a nossa amizade vai ficar para durar.
O gelado, então, o gelado. É só a coisa mais fácil de fazer o que é difícil de acreditar quando se prova porque a mistura de sabores juntamente com a frescura fazem suspeitar que só pode ter dado muito trabalho. Melhor ainda, é do mais saudável que há. Eu usei cerca de metade da quantidade de açúcar e ainda assim estava de tal forma delicioso que os miúdos adoraram.
É a sobremesa ideal para estes dias que se adivinham quentes e tem o condão de encher a mesa de cor e ajudar a terminar uma qualquer refeição em grande estilo.
É a sobremesa ideal para estes dias que se adivinham quentes e tem o condão de encher a mesa de cor e ajudar a terminar uma qualquer refeição em grande estilo.
Window shopping...
2.6.16
Esta chegada do calor, mudança de estação tem qualquer coisa de incentivo ao namoro de novas peças. Do meu namoro, por aqui e por ali, fiz um apanhado do que mais me tem chamado a atenção.
Um// Eu sei, até já é piada lá por casa: mais uma peça de ganga? Mas este casaco de manga curta parece andar por todo o lado. A sério, um stalker.
Dois// Adoro a simplicidade e energia desta aguarela. Penso que ficaria perfeita numa parede lá de casa.
Três// Por algum motivo que não consigo explicar, os meus filhos são da maiores fontes de inspiração de estilo para mim. Vestem-se sempre de forma confortável (escolhem na maioria dos dias o que querem vestir) e combinam as peças de formas improváveis mas que resultam sempre tão bem aos meus olhos. O Joaquim tem umas destas vans mas em bota e eu ando sempre a namorar umas para mim na esperança de que me fiquem tão bem como a eles.
Quatro// Este quadro de apoio ficava a matar cá em casa.
Cinco// O Manuel tem estes calções e fiquei sempre a olhar para o tamanho maior a imaginar se me serviria. Mas acho que vou antes comprar uns para o Joaquim também. Têm uma óptima qualidade e vestem como uma luva.
Seis// Adoro esta ilustração para a nossa casa. A calma que me transmite e o movimento do mar.
Sete// Tinha vontade de comprar umas de cada cor para os miúdos.
Oito// O Manuel está numa fase em que pergunta sempre o que está escrito nas camisola (e em todo o lado para dizer a verdade) e escolhe sempre de acordo com a sua interpretação. Estas t-shirts têm uma qualidade incrível.
Nove// Este tear, nesta cor. Estou apaixonada por ele.
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