Pão nosso

19.7.17


Já há algum tempo que faço o nosso pão em casa. A maioria do pão pelo menos. Algumas receitas têm resultado melhor que outras mas a melhor de todas foi a desta ciabatta foi a que resultou melhor acredito que por ter usado, ainda que de forma muito superficial, a fermentação natural. 

Aqui em casa somos ávidos consumidores de pão e em vez de o cortar da alimentação com todas estas novas tendências e dietas que o apontam como mau alimento ou que cortam o gluten da alimentação, em vez disso, dizia eu, resolvi fazer o caminho mais longo e aprender a fazer pão como deve ser. Um pão bom que enriqueça a nossa alimentação e que não nos traga problemas de digestão como a maioria do que compramos hoje que fica duro em poucas horas. 

Por isso quando surgiu a oportunidade de fazer um workshop com o Diogo Amorim da Gleba dei uma espécie de salto de contentamento e fui quase literalmente a correr.



O Workshop já teria valido a pena só pelo isco/crescente de pão que trouxe para habitar no nosso frigorífico espero que por muitos e bons anos. Esta será a base de todo o nosso pão. O isco tem que ser alimentado periodicamente (com farinha e água) para servir depois como base de fermentação para o pão que vamos fazendo. Assim controlamos exactamente o que entra no nosso pão. E se usarmos uma boa farinha não há porquê ter problemas de digestão a não ser, naturalmente, em casos de alergias. 


Aprendi imenso na melhor das companhias o que não quer dizer que o pão me vá sair em casa como aquele  que ali fiz e que foi só o melhor pão que já comi. O melhor.
Depois disso já tentei fazer um em casa que foi diretamente para o lixo depois de levedar. Por vários motivos dos quais destaco as pressas da minha rotina. O tentar despachar entre pedidos constantes dos miúdos. Mas não desisti e comecei de novo e aqui vou eu a meio do processo.

Para quem está em Lisboa tem o caminho mais fácil que é ir comprar o pão à Gleba que usa unicamente grão português que mói na hora antes de fazer a massa. Eu já sei onde é que vou comprar pão quando passar por Lisboa. Mas até lá vou treinar até voltar conseguir fazer um pão como o que fiz no workshop. 

Fins de semana por aqui...

4.7.17


Os fins de semana por aqui têm sido mais ou menos assim: gelados, praia, mergulhos e amigos. Em modo repetição a cada sexta-feira. Habitualmente à quinta-feira os rapazes já começam a fazer os seus planos. Escolhem a praia, escolhem os programas e especialmente o Manuel já quer ter a sua autonomia para convidar os amigos ou combinar coisas com eles. A sério, às vezes dou por mim a olhar para ele e a procurar traços do meu bebé. 
Agora temos dois rapazes que jogam futebol a cada oportunidade, que escolhem equipas e fazem fintas. Qualquer momento é um bom momento para um jogo e tivemos que arranjar uma bola mole (um antigo brinquedo deles a que tirámos as pilhas) para poderem jogar dentro de casa. Claro que isto obrigada-me a andar de mãos na cabeça e a soltar alguns "só no chão" ou "rasteirinha!" muito acima dos decibéis que eu gostaria de admitir mas enfim. Acho que um dia vou ter saudades e por isso mais vale aproveitar agora.
Também temos muita velocidade furiosa com uma trotinete que está claramente a ficar pequena para eles. O bom é que a dominam melhor, o mau é que atingem velocidades que nos fazem fazer algumas figuras de pais descabelados pelas ruas. Mas vá lá, para matar as saudades com antecedência....
A Isabel faz 5 meses e penso que começou uma corrida silenciosa com os irmãos para os tentar apanhar. Come e dorme bem (dentro do género bebé de 5 meses....) e já se vira, já brinca com os pés e como se não bastasse já se aguenta sentada. A sério, estou sempre a falar para a mini adulta escondida dentro dela a dizer-lhe que tenha calma que vai ter tempo para mandar nos irmãos. 


No fim de semana foi a regata do Extreme Sailing Series aqui no Funchal e foi, uma vez mais, um espectáculo emocionante. Houve um ventinho maravilhoso que nem encomendado teria sido mais apropriado e andamos a vibrar com as regatas enquanto as víamos da nossa casa. No Domingo o Manuel ficou uma eternidade sozinho a ver quem seria o vencedor. Está nesta idade em que tem uma curiosidade imensa com tudo o que o rodeia e em que quer experimentar todos os desportos e actividades. Para lhes satisfazer um pouco a curiosidade fomos à marina ver os velejadores a preparar os barcos e foi um sucesso.

Os fins de semana têm sido também dias de gelados e pizzas. Em modo contínuo. O sabor preferido destes dois é pistachio seguido de iogurte. Apesar de o Joaquim ainda estar naquela fase de olhar sempre para o de chocolate porque quer dizer: é chocolate.

E assim andamos, numa correria sem fim mas a fingir que conseguimos para o tempo. E temos conseguido, pelo menos aos fins de semana.

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