Já há algum tempo que faço o nosso pão em casa. A maioria do pão pelo menos. Algumas receitas têm resultado melhor que outras mas a melhor de todas foi a desta ciabatta foi a que resultou melhor acredito que por ter usado, ainda que de forma muito superficial, a fermentação natural.
Aqui em casa somos ávidos consumidores de pão e em vez de o cortar da alimentação com todas estas novas tendências e dietas que o apontam como mau alimento ou que cortam o gluten da alimentação, em vez disso, dizia eu, resolvi fazer o caminho mais longo e aprender a fazer pão como deve ser. Um pão bom que enriqueça a nossa alimentação e que não nos traga problemas de digestão como a maioria do que compramos hoje que fica duro em poucas horas.
Por isso quando surgiu a oportunidade de fazer um workshop com o Diogo Amorim da Gleba dei uma espécie de salto de contentamento e fui quase literalmente a correr.
O Workshop já teria valido a pena só pelo isco/crescente de pão que trouxe para habitar no nosso frigorífico espero que por muitos e bons anos. Esta será a base de todo o nosso pão. O isco tem que ser alimentado periodicamente (com farinha e água) para servir depois como base de fermentação para o pão que vamos fazendo. Assim controlamos exactamente o que entra no nosso pão. E se usarmos uma boa farinha não há porquê ter problemas de digestão a não ser, naturalmente, em casos de alergias.
Aprendi imenso na melhor das companhias o que não quer dizer que o pão me vá sair em casa como aquele que ali fiz e que foi só o melhor pão que já comi. O melhor.
Depois disso já tentei fazer um em casa que foi diretamente para o lixo depois de levedar. Por vários motivos dos quais destaco as pressas da minha rotina. O tentar despachar entre pedidos constantes dos miúdos. Mas não desisti e comecei de novo e aqui vou eu a meio do processo.
Para quem está em Lisboa tem o caminho mais fácil que é ir comprar o pão à Gleba que usa unicamente grão português que mói na hora antes de fazer a massa. Eu já sei onde é que vou comprar pão quando passar por Lisboa. Mas até lá vou treinar até voltar conseguir fazer um pão como o que fiz no workshop.
Patricia, o workshop é aqui na Madeira ?
ReplyDeleteBeijinhos
Olá Carolina! Sim, foi cá no fim de semana! beijinhos!
DeletePatrícia tenho que comentar este post.
ReplyDeleteEu também sou uma ávida consumidora de pão, infelizmente sou intolerante ao glúten e por isso evito os pães das padarias convencionais.
Num dos artigos do Público, sobre o fabrico de pão em Portugal, fiquei a conhecer a Gleba e o trabalho do Diogo. Em Março estive em Portugal Continental e Alcântara foi uma visita obrigatória. Quando entrei na padaria e olhei todos aqueles pães as minhas papilas gustativas puseram-se logo aos saltos e nem quis saber da intolerância. Escolhi uma broa de milho e comi-a em três tempos :).
Como ficaste a saber do workshop? Qualquer pessoas pode frequentar? Mesmo quem nunca tenha feito pão em casa?
Beijinhos.
Micaela
O pão da gleba é maravilhoso e é incrível a simplicidade do processo. É praticamente tudo uma questão de paciência, tempo e, naturalmente da matéria prima.
DeleteEste workshop foi uma iniciativa muito informal de amigos mas pelo que ouvi dizer em Setembro o Diogo dá um novo workshop em Lisboa.
De qualquer forma, dá para ir fazendo experiências em casa. Há vários livros (e sites na internet) com informação sobre fermentação natural! A parte mais difícil é conseguir um bom isco/crescente mas eu dou um bocadinho do meu para depois começar! É só uma questão de pedir quando quiseres! ;)