Já vos tinha contado que tinha feito um Workshop de pão com o Diogo da Gleba e foi maravilhoso para mim porque há já muito tempo que andava a tentar aprender a fazer a fermentação natural mas sempre sem os melhores resultados. Porque na verdade não é nada fácil conseguir criar um isco/crescente bem sucedido e poderoso como se pretende. Claro que nada disto é fácil e o isco é algo que se pretende que viva para sempre connosco. O que isto implica é que temos que o alimentar (isto parece estranho mas descansem que ele só come farinha e água :) ) sempre se queremos que ele continue vigoroso e especialmente quando queremos fazer pão. Ainda assim este processo - de fazer pão - implica sempre um mínimo de 2/3 dias. Mas depois de se entrar no ritmo torna-se bastante mais fácil do que soa com esta minha conversa. Acreditem em mim.
Como tenho feito o pão com alguma assiduidade tenho conseguido experimentar várias combinações e aquela de que mais gosto é a que junta a farinha de trigo (40%) com a de espelta (60%). Fica leve e muito saborosa. As integrais ou com centeio ficam sempre um bocadinho mais densas mas também maravilhosas. Depois, claro, há um sem número de adições: sementes, frutos secos. A que mais tenho repetido é a de figos porque é um fruto que adoro por si só. Ponho de molho cerca de 10 minutos e depois de amassar a massa adiciono-os antes de deixar a levedar.
O que vos posso garantir é que comer este pão que não leva nenhum tipo de químicos é muito diferente. O sabor é incrivelmente bom e a digestão não tem comparação possível.