2017...

29.12.17
Aqui estamos nós, a fechar mais um ano. Sinto sempre alguma nostalgia com estes posts de final de ano. Especialmente quando os começo a reler (2016, 2015, 2014, 2013, 2012). Às vezes não me parece possível que o tempo tenha passado tão depressa. Quase soa a irreal. Mas depois relembro tudo o que vivi. E nestes 6 anos já passámos por tanto...
Vamos a 2017. 
Janeiro marcou a nossa mudança temporária para o Porto onde fiquei cerca de 2 meses. Tivemos a sorte de encontrar uma casa feita mesmo à nossa medida onde aguardámos tranquilamente pela etapa que se seguia.
Fevereiro foi um mês mágico. Depois de tudo o que já tínhamos passado com o Manuel tínhamos sempre receio do momento do parto porque sabemos que as coisas podem nem sempre correr bem. Mas a magia aconteceu e a nossa Isabel Eufémia chegou para encher ainda mais o nosso mundo. Os rapazes andaram - e andam - numa espécie de namoro.
Março foi mês de adaptação. E a mudança foi grande. Mas ao fim do dia, mesmo com olheiras até ao joelho, não há nada melhor que isto.
Em Abril descobri este vestido da minha mãe que foi só lavar e vestir. Grande parte de mim é memória. Do que já vivi e sobretudo da falta que sinto da minha mãe todos os dias. Usar as suas coisas faz-me senti-la um bocadinho mais perto de mim.
Em Maio aventurei-me a experimentar bordado com esta t-shirt e adorei o resultado final. Estava cheia de vontade de fazer mais coisas mas a correria dos dias não deixou....

Em Junho a nossa pequena empresa familiar deu mais um salto e a Isabel foi a minha assistente pessoal nas fotografias que fiz à nossa Irlanda´s Villa (o nome da minha avó). 

Em Julho tive o privilégio de fazer um workshop com o Diogo Amorim da Gleba que mudou a minha relação com o pão porque consegui finalmente passar a fazê-lo desde raiz sem nenhum tipo de aditivos.

Em Agosto andámos em contagem decrescente para a nossa mudança para Lisboa e aproveitámos todos os fins de semana para passear, fazer praia, conhecer mais sítios dentro desta nossa ilha.

Setembro marcou a nossa mudança para Lisboa e foi provavelmente o mês mais difícil do ano. A mudança, a adaptação dos miúdos às novas escolas, a adaptação do Manuel ao primeiro ciclo, a nossa adaptação a Lisboa,....
Mas também foi o mês de uma escapada com queridas amiga a Roma que foi uma espécie de oásis no deserto.

Outubro foi aproveitado ao máximo com o seu bom tempo. Quisemos fazer com que os miúdos não sentissem tanto a mudança de ambiente e para isso aproveitámos todos os fins de semana para fazer tudo e mais alguma coisa ainda que isso nos deixasse a nós - pais - perfeitamente exaustos. Mas eles adoraram e isso, claro, compensou.

Novembro para mim é isto. A certeza (nem sempre diária, confesso) que tudo valeu a pena porque estamos juntos diariamente.

Em Dezembro fizemos uma escapadinha ao Algarve e eu consegui recuperar algumas rotinas de que tanto sentia falta.

Depois de alguns anos tão difíceis que tivemos custa-me dizer que tenhamos tido um ano duro mas a verdade é que foi um ano de muitos desafios. É certo que nos trouxe a Isabel e que isso compensa tudo mas não posso esconder a poeira debaixo do tapete. Foi um ano em que me senti no limite das forças diversas vezes. Provavelmente muito pelo facto de andar a dormir noites seguidas de 4 em 4 meses aproximadamente ( as últimas foram em Roma, em Setembro), mas não só. Provavelmente porque estive a tentar controlar variáveis incontroláveis: a adaptação dos miúdos às escolas, aos amigos; o meu papel no meio desta mudança; as obras e o trânsito. O começar o dia a achar que consigo fazer 10 coisas e chegar à noite sem ter conseguido completar uma em condições.

Para 2018 quero ter mais paciência comigo. E também quero conseguir dormir melhor (é bom que leias isto Isabel). E quero sobretudo que desfrutemos, em família, desta nova fase das nossas vidas.

E para vocês que me espreitam por aqui, desejo-vos um ano maravilhoso! Até para o ano!

A camisola

12.12.17

Depois de ter feito os gorros e porque, uma vez mais, tinha trazido fio a mais, andava a pensar num projeto para fazer. A Isabel precisar de camisolas para este Inverno foi apenas a desculpa que procurava. Queria fazer uma coisa simples que permitisse que ela usasse a camisola rapidamente e lembrei-me logo que fazer uma camisola top-down o que significa tricotá-la como uma peça só. 
Como não conseguia encontrar nenhum modelo assim para criança decidi arriscar tudo e improvisar um. Mas fi-lo com uma rede de protecção.

Assim, e como muitas de vocês me perguntaram no IG e estou com fé de que vão aventurar-se resolvi deixar-vos as minhas notas. Atenção que é a primeira vez que faço algo do género e portanto pode haver algum passo que me tenha esquecido de passar para o papel. Escrevi em inglês porque é a terminologia a que estou habituada e em português confundo sempre os termos :)

Top Down Jumper (12 months)
With 4 mm circular needles, cast on 74 sts;
Row 1-5: *k1, P1*
Switch to 5 mm needles
Setting up markers
K13 (place marker), k24 (place marker), k13 (place marker), k 24 (don´t forget to mark the beginning)
Shaping shoulders
Row 1: *K1 make 1, K to 1 st before marker, Make 1 K1* repeat
Row2: K *
* repeat until you have 38 sts on shoulders
Put arms on hold 
Knit body to desired lenght then rib with 4 mm needles for 5 rows
Arms
Knit arms to desired lenght then rib with 4 mm needles for 5 rows

E é isto! Usei pouco mais que uma meada.

Eu adorei o resultado final. E o André também que já me voltou a recordar que a Isabel continua a precisar de camisolas. Portanto, claro que já comecei outra. Espero que isto vos ajude!

Um cantinho de paraíso...

7.12.17

Uma das coisas boas desta mudança para Lisboa é a proximidade de todo o resto do país e a possibilidade de poder partir à descoberta dependendo apenas do carro. O Alentejo é sempre um bom destino (lembramos sempre uma semana que passámos por Évora e arredores quando começámos a namorar...) e por isso quando começámos a pensar em passar fora o fim de semana grande não tivemos grandes hesitações no destino. O mais difícil foi encontrar um sítio que nos enchesse as medidas dentro do orçamento que tínhamos. Há cada vez mais sítios de sonho. Hotéis de charme, quintas mas tudo o que vimos ultrapassava o que tínhamos em mente. 
Também nas casas a escolha não era fácil mas quando pusemos os olhos no Monte da Fonte Santa nem pensámos duas vezes. Uma ou duas trocas de mensagens para assegurar condições para os miúdos e lá fomos nós. E não nos podia ter saído melhor sorte nesta rifa. Um monte alentejano de sonho só para nós. Para os miúdos foi um delírio já que todo o espaço exterior é incrivelmente bem cuidado e parece uma espécie de quinta pedagógica privativa: burros, cães, gatos, porcos e leitões bebé, cabras, patos e galinhas... E uma piscina natural que no Verão deve ser um sonho.  

Passámos as manhãs a explorar o monte. A dizer bom dia ao Girassol e ao Cacao (os burros do Monte). e a desfrutar daquele espaço sem fim à vista. 

E o pobre Bonaparte (o gatinho) que o Joaquim decidiu que precisava de colo para cada passo que pretendia dar. E que foi alimentado a cada minuto porque estava esfomeado. De acordo com o Joaquim, claro.

E dois murais de Vihls à entrada da casa porque quer dizer...isto é o paraíso e não pode faltar nada. E não faltou. E mal saímos do portão rumo a casa fomos bombardeados com a "quando é que voltamos, quando é que voltamos??!".

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