Mãe

Já não é a primeira vez que escrevo por aqui que Maio tem um sabor agridoce para mim. Por um lado encerra a infinita tristeza por ter perdido a minha mãe e depois a minha sogra e é inevitável que neste mês se revivam esses momentos. Por outro tem esta doçura da Primavera, guarda o Dia da Mãe e, desde há dois anos, tem o sabor especial de ter sido o mês em que soubemos que íamos ser pais de três filhos. Toda eu sou memórias e estas são algumas das que guardo deste mês.

Com a nossa mudança para Lisboa ainda a ritmo provisório (ainda sem casa e ainda em modo acampamento da casa dos meus pais) uma das coisas de que mais sentimos falta é dos dias sem pressa e dados às nossas rotinas em família. Neste feriado conseguimos fazer isso tudo e voltar por um dia ao nosso ritmo habitual. 

Começámos o dia com um pequeno almoço com crepes em casa, os rapazes vestiram-se sozinhos depois de uma manhã em pijama e antes do almoço em que faríamos pizzas em casa, fomos todos ao jardim ao lado de casa. Correram, andaram de baloiços e trotinetes e jogaram à bola. Ainda me encheram de flores e beijinhos porque o pai lembrou que era quase dia da Mãe. 

Foi um dia bom e foi também o dia em que os rapazes reviraram o cesto dos sapatos à procura das sandálias. Achei um bom presságio. Espero que agora os dias sejam sempre assim.