Um dia para guardar...

20.11.19
Tenho andado sempre com vontade de voltar a este cantinho da Internet a que chamo de meu mas entre uma e outra correria do dia a dia, este regresso tem sido sempre adiado e relegado para a última das tarefas. Queria ter posto neste meu album de memórias imagens do Verão (ainda vou arranjar tempo para isso) e de um ou outro trabalho manual e receita. Vamos ver se consigo voltar à periodicidade em breve. Espero que sim.Mas para já e porque não quero mesmo esquecer estes registos lindos e cheios de emoção da Carina Oliveira partilho um bocadinho do que foi o dia de Baptizado da Isabel. O dia em que resolvemos surpreender os presentes e casar também pela igreja, quase 11 depois de termos casado pelo registo civil. 
A cerimónia foi tudo o que pretendíamos, uma cerimónia simples, com a presença da família e alguns amigos. Uma coisa simples mas o suficiente para celebrarmos o amor, a saúde e o facto de nos termos uns aos outros.
Usei um vestido feito pelas mãos sempre talentosas da Patrícia. Uma daqueles desafios que lhe coloquei à última hora e que ela, uma vez mais, superou maravilhosamente.  Mas ainda mais importante e bonito, estava o vestido que a Isabel usou. O mesmo que eu tinha usado no baptizado da minha prima há mais de 30 anos atrás. Feito pelas mãos da minha mãe com uma perfeição e detalhe que ainda me surpreendem. Com o peito em crochet quase renda, sem um erro que se encontre naquele padrão. Um verdadeiro sonho que espero que volte a ser usado. 
Ontem quando olhava para as fotografias pensava que também as camisolas dos rapazes foram feitas de forma manual na Madeira, os calções - de uma marca portuguesa - foram comprados numa loja de bairro e as sandálias foram todas "herdadas". E por algum motivo isto deixa-me feliz. 

Há muitas coisas que quero guardar na memória mas que sei bem que não vou conseguir. E também por isso escrevo por aqui um bocadinho partilhando espaços do que é a nossa história. Acho que eles um dia vão passar por aqui e ver o que foi - ainda que apenas um suspiro - a sua infância.
Neste dia, como em todos os outros, faltaram as avós. É certo que estão sempre connosco e que neste dia as lembrámos ainda mais mas a verdade é que também chorámos a sua falta. Porque tudo fica incompleto sem elas.
Os miúdos tiveram um dia em cheio. Brincaram até não poder mais e acabaram a tarde com uma luta de água com a mangueira do jardim, já em roupa interior. 
Foi um dia feliz. E a cereja no topo do bolo é saber que para eles também foi. 

Se tiverem curiosidade aqui encontram o Dia do Joaquim e algumas imagens dessa altura do Manuel (um post com fotografias desse dia a caminho porque não pode um dia passar por aqui e não o encontrar!).  

Praia

16.5.19

Está aberta a época balnear e não que eu tivesse dúvidas mas nestas alturas confirmo o que sei: que estes miúdos são miúdos de exterior. Adoram trepar árvores, brincar na rua e ter esta liberdade que o espaço não condiciona.
Vou contar-vos uma coisa: quando nos mudámos para Lisboa eu estava muito preocupada com os Invernos dentro de portas e achei que era uma boa ideia oferecermos-lhes uma playstation para o Natal. Foi o que fizemos. No Natal seguinte vendemo-la. Se a usaram 4 vezes foi muito. Preferem vestir casacos e gorros e ir jogar futebol para o jardim. E assim tem sido.
Claro que quando o tempo melhora tudo é mais fácil e então quando melhora ao ponto de passarmos os dias de fim de semana na praia...é uma espécie de paraíso.
E agora que a Isabel já está a ficar mais crescida e acompanha os irmãos nas brincadeiras e explorações fica tudo ainda mais bonito de se ver. Adoro quando tudo se alinha para estarem os três a brincar connosco a ter a oportunidade de nos sentarmos juntos a observar. Tenho o profundo desejo de ver isto a acontecer durante muitos e muitos anos. 
Boa abertura da época balnear para todos! 
Espero que tenham muitos momentos destes de desfrutar da vida com calma e tranquilidade. Sabe tão bem.

Dia da mãe

7.5.19

Este foi o meu sétimo dia da mãe. Não sei bem como o tempo voou e como tanto mudou desde que comecei esta caminhada. Foram eles crescendo e mudando. fui-me eu adaptando enquanto mãe, nós todos enquanto família. E o mundo entretanto foi girando e continuando também ele a mudar. 
Encontrei os posts do lado B da maternidade e o dos outros lados que entretanto descobri dois anos depois. A minha vida mudou um bocadinho. Compreendo agora quando me diziam que à medida que crescem os desafios são outros. E às vezes deixam-me sem saber bem que caminho seguir. Seria tão mais fácil se soubessemos qual o botão para ter o efeito que queremos. Fazes uma visita ao futuro para perceber se o que achamos que deve ser feito vai ter o tal resultado. Mas na verdade não faço ideia. É uma espécie de "fecha os olhos, dá o teu melhor e tem esperança que resulte". 
Como é que se estimula uma criança para aprender? Como é que se explica o que é o bem e o mal? O certo e o errado? A honestidade e lealdade? 
Acredito que é pelo exemplo. Que devemos ser o que queremos que eles vejam e venham a ser. Mas será que é isso que eles veem quando olham para nós? Às vezes tenho medo da resposta. Tenho medo que só vejam uma mãe exausta que tentar acudir a todos os fogos. 
Por isso, tentamos dar-lhes liberdade para escolher e sobretudo liberdade para pensar. 
Espero que assim consigam encontrar o seu melhor caminho e que nele, encontrem a felicidade dos dias com todos os socalcos que lhe são inerentes. 

E por tudo isto, naturalmente que no dia da Mãe, fizemos um programa para eles. Praia, mergulhos, futebol e brincadeiras na areia. Acho que no olhar deles não deve haver muito melhor que isto.

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