Olhando para as imagens leio 2021 como um ano tranquilo mas na verdade as memórias lembram-me um ano intenso. Mas de esperança, esperança que a Pandemia venha a ser passado e que possamos voltar a viver a tão ansiada normalidade. Deixar o medo para trás e abraçar com força a família e os amigos. Janeiro começou logo aos soluços entre escola a confinamento e passámos muito tempo a jogar jogos de tabuleiro, a cozinhar e desfrutar das nossas refeições em família (a Isabel fez muitos bolos) e a ir andar de skate perto de casa. Foi também o mês em que rumámos novamente à Madeira quando as escolas voltaram ao ensino à distância.
Em Fevereiro estivemos no Funchal, em casa, com os miúdos a passar todos os intervalos em mergulhos e no jardim com a Mia. Com saudades dos amigos e da escola mas com a possibilidade de terem um mundo exterior todo à sua disposição. Descíamos as escadas para um mergulho no mar e fizemos muitos BBQ´s no jardim. A Isabel fez anos e teve direito a bolos e vestidos de princesa e a atenção toda para ela.
Em Março anunciava-se o regresso à escola e queimámos os últimos cartuchos com uma Madeira a viver uma normalidade maior do que Lisboa. Cortaram cabelos, brincaram muito e preparamos o regresso a casa.
Em Abril o sol começou a brilhar em Lisboa e as temperaturas a subir. Os restaurantes começaram a abrir e celebrámos o meu aniversário os 5 sem grandes comemorações porque não eram permitidos ajuntamentos e porque nós os 5 já éramos o total permitido numa mesa. Aproveitámos para ir aos jardins e parques no exterior para os miúdos sentirem o menos possível a pressão da pandemia.
Em Maio fui ao Funchal e levei a Isabel que ainda era a única que podia faltar à escola sem problema. Nos fins de semana explorámos muitos parques novos com especial interessa por parte dos rapazes do parques de skates.
Em Junho aproveitamos os feriados e rumamos ao sul de Espanha para explorar e descansar. Alugámos uma casa numa pequena Aldeia a passeámos e comemos muitas tapas. Os miúdos adoraram a ideia de explorar cidades novas a cada dia e deram mergulhos sem fim na piscina da casa. As aulas acabaram e começaram os preparativos para o regresso em Setembro com o Manuel a mudar de escola.
Em Julho regressei com os miúdos ao Funchal para as suas "férias grandes". Os rapazes regressaram à vela e a Isabel fez umas aulas intensivas de natação para perder o medo que tinha da água e aprender a nada. Depois de 3 aulas sempre a chorar fez-se um click e passou a gostar :) e aprendeu a nada tirando de cima de mim uma enorme angústia.
Os rapazes foram muitas vezes visitar-nos pelo mar ora de optimist ora de kayak. Fizeram novos amigos e passaram grande parte do tempo descalços e em calções de banho.Em Agosto fomos ao Porto Santo e tivemos a sorte de - uma vez mais - coincidir com amigos. Demos muitos passeios e mergulhos. Com os miúdos mais crescidos e com mais autonomia conseguimos dar muitas caminhadas e explorar mais a ilha.
Em Setembro fez anos o Joaquim - 8 anos! - e chegou a Masha. A nossa cedência perante os pedidos repetidos dos miúdos. Um pequeno furacão que veio adicionar mais um bocadinho de confusão ao nosso dia a dia. Como se precisássemos.... :)
Em Outubro fez anos o Manuel - 10 anos - e passou o dia com amigos no Paintball. Um programa sobre o qual ouvimos falar desde então quase diariamente. Recebeu uma bicicleta e todos os dias nos pede para ir andar sozinho. Quer crescer ainda mais depressa do que já tem crescido. Outubro foi também o mês que regressámos aos nossos passeios pela Gulbenkian mas desta vez já a pé/trotinete/bicicleta desde casa com todos mais crescidos.
Em Novembro fomos a Valpaços de pois de muito tempo sem lá ir. É sempre um programa vencedor para os miúdos que adoram lá ir apesar da viagem longa de carro. Gostam muito da possibilidade de andar calmamente pelas ruas e de comer os maravilhosos petiscos da D. Madalena.
A Pandemia voltou a mudar os nossos planos em Dezembro e com o anúncio do fecho das escolar por mais uma semana decidimos passar o final de ano no Funchal depois de termos passado o Natal em Valpaços. Apanhámos dias de Verão, os miúdos deram mergulhos todos os dias e entrámos no ano novo cheios de esperança num 2022 normal.
E já lá vão uns anos com estes posts de final de ano. Espero que um dia eles - e nós pais - possam relembrar o que viveram connosco na infância.